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8 de Maio de 2024

Processo contra policial que matou camelô na Lapa é arquivado.

O policial responde por outro homicídio, cometido seis meses antes, quando disparou quatro vezes contra um homem que teria reagido à ordem de parada.

Publicado por Sarah Monteiro
há 9 anos

Condições precárias de trabalho, baixo salário e falta de preparo são alguns dos argumentos que podem ajudar a solucionar um dos maiores problemas da cidade de São Paulo nos dias atuais: a violência policial.

Em setembro do ano passado, o soldado Henrique Dias Bueno de Araújo, de 31 anos, matou o camelô Carlos Augusto Muniz, de 30 anos, em ação de combate à venda de produtos ilegais no bairro da Lapa, zona oeste paulistana. Seu processo foi arquivado. O policial responde por outro homicídio, cometido seis meses antes, quando disparou quatro vezes contra um homem que teria reagido à ordem de parada.

Expedida pela juíza Eliana Cassales Tosse de Melo, da 5ª Vara do Júri, em 27 de março, a decisão de arquivamento retoma o debate sobre parcialidade em casos envolvendo agentes de segurança. Embora a versão da PM indicasse resistência de prisão por parte de um dos camelôs que teve sua mercadoria confiscada, além do conflito com um grupo de aproximadamente 30 pessoas, vídeo amadores gravados na ocasião não indicam qualquer tipo de confronto.

Momentos antes da morte de Muniz, uma gravação registra quando o soldado Araújo saca a arma e o spray de pimenta e começa a apontá-los para pessoas que se aproximam da abordagem.

Muniz, então, tenta tirar o spray de pimenta da mão do PM e é baleado no rosto pelo policial, que dispara contra o rosto do vendedor. Levado ao Hospital das Clínicas não resiste ao ferimento.


Fonte: Catraca Livre

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14 Comentários

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Que bom que foi arquivado. A polícia precisa de segurança jurídica para exercer seu dever legal. À época ficou bem claro que o policial apenas reagiu para não ter sua arma roubada. As pessoas precisam deixar a polícia fazer seu trabalho. Vamos apoiar essa corporação que se arrisca todos os dias para nos proteger. continuar lendo

Na minha época, policial era autoridade. Quando ele falava, você ouvia. Até hoje tenho o video do fato no meu celular, e a ameaça da população contra os policiais era clara. Aliás, não consigo imaginar profissão mais ingrata. Se a polícia faz seu trabalho com vigor necessário, é criticada. Se não faz, é criticada. Corretíssima a decisão da Juíza. continuar lendo

O Vídeo é claro, o manifestante tenta pegar, tirar o spray do soldado, investindo em direção do mesmo, a reação treinada a injusta agressão é o saque da arma e o disparo. Caso o manifestante conseguisse "tomar" o spray, seria difícil prever a atitude dos outros manifestantes. continuar lendo

Um debate muito interessante, pois o policial estava se defendendo, no impulso de perder sua defesa (o spray de pimenta, no caso) acaba se defendendo com uma arma. Fica uma dúvida, foi realmente impulso ou despreparo do policial? Pois havia outras formas de defesa (um cassetete, quem sabe?) continuar lendo

quem sabe um cassetete pudesse defender um policial contra vários manifestantes, pelo que vi no vídeo a rua estava tomada de manifestantes, e apenas quatro ou três policiais, realmente muito útil um cassetete. se uma pessoa enfrenta um policial que está cumprindo o seu dever, ela está ferindo todo o poder de polícia que o Estado tem, está ferindo a sociedade pois esta é representada pelo Estado. continuar lendo

Tem gente que assiste muito filme, principalmente do Steven Seagal, que geralmente derruba mais de duas pessoas. Volte pra realidade. Numa luta corporal é 50% pra cada um. Com conhecimento técnico, jogando alto, aumenta em torno de 10%. Portanto quando envolve mais de uma pessoa somou mais 50%. Não existe arte marcial deixa o cara ninja, que fica voando igual os filmes de artes marciais de japonês, ou que joga uma bola de fumaça e desaparece. Gostaria de saber como fabricam essa bola de fumaça. Você tá lidando com uma pessoa humana é impossível saber o perfil do adversário numa visualização, se luta, qual a força dele, ou seja, o preparo deste indivíduo. Você tá lidando com o desconhecido. De repente o policial esta se envolvendo contra um faixa preta. O policial não tem tempo de ficar numa academia se preparando. 80 % diário ele trabalha e os outros 20% ele tenta descansar. Então, que chance tem contra um cara que que vive numa academia. O estado não dá condições de preparo, então vai usar os melhores meios pra sua auto defesa. continuar lendo

Ainda bem que foi arquivado.Vi os vídeos e acho que foi uma fatalidade o que aconteceu.Mas essa mania de querer tirar a arma do policial ou reagir numa abordagem é perigosa. Acho que autoridade se deve respeitar, se houve abuso: resolve-se depois, não na hora da tensão. continuar lendo