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2 de Maio de 2024

Tese de que acusações de alienação parental em juízo prejudicam mulheres é rechaçada por estudo científico internacional

Por Fernando Farias Valentin, do Observatório da Guarda Compartilhada - @obgcbrasil

Escrito em: Dezembro de 2020

Atualizado em: 10 de Novembro de 2023

HARMAN e LORANDOS (2020) acabaram de publicar o estudo "Allegations of Family Violence in Court: How Parental Alienation Affects Judicial Outcomes", que teve por objetivo testar as descobertas sobre ALIENAÇÃO PARENTAL do estudo de Meyer (2019).

A conclusão geral dos pesquisadores é a de que os achados de MEYER (2019) não dão suporte às conclusões dele. Para MEYER (2019), pais que alegavam ter sido alienados tinham maior probabilidade de obter a custódia dos filhos na justiça.

Detectando mais de 30 inconsistências metodológicas no estudo de MEYER (2019), HARMAN e LORANDOS (2020) estudaram mais de 900 sentenças judiciais em que a ALIENAÇÃO PARENTAL havia sido relatada e submeteram os dados a análises de regressão logística.

A primeira hipótese testada dizia respeito a se mães que criam restrições ao contato do pais (homens) com seus filhos perdiam a guarda ou tinham o tempo de convívio delas com seus filhos diminuído. CONCLUSÃO: HIPÓTESE REJEITADA.

A segunda hipótese buscava verificar se quando mães relatavam abusos intrafamiliar e os pais relatavam alienação parental, os relatos paternos eram considerados infundados. CONCLUSÃO: HIPÓTESE REJEITADA.

A quarta hipótese testada foi: se um psicólogo nomeado pelo tribunal detectasse AP em um caso, as mães perderiam a guarda ou tempo de convívio. CONCLUSÃO: HIPÓTESE REJEITADA.

Por fim, foi testado se pais que alegavam alienação parental tinham maior chance de aumentar o tempo de convívio com os filhos. CONCLUSÃO: Pais que alegavam AP tinham mais de 87,7% de chance de PERDER TEMPO DE CONVÍVIO com seus filhos.

Saiba mais em: https://www.researchgate.net/publication/347071869_Harman_Lorandos_2020_Preprint_of_Allegations_of_F...

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Alienação parental é uma arma lícita para as mães na visão dos pais (da justiça também). Mães que possuem a guarda, que inventam de tudo para se enquadrarem na lei maria da penha e etc. O objetivo é sempre o mesmo, dificultar o acesso dos pais aos filhos, o que existe de mais precioso e amado nesse mundo. Nossas crianças, inocentes e as mais prejudicadas. Profissionais e mimizentos nesse setor merecem o cotidiano que levam. Eu descreveria como lata de lixo ou inferno. Em resumo, o ódio não tem preço! Consegue ser maior que o amor que possuem por vossos filhos. Pessoas doentes, sistema doente! continuar lendo