BBB e Violência Doméstica
Toda a realidade em um reality show
Iniciado na segunda feita, 16/01, a 23ª edição do BBB já levantou sua primeira polêmica.
No último domingo (22), na entrada ao vivo, antes de iniciar a famosa “formação de paredão”, Tadeu pontuou frases ditas por participantes da edição acerca do casal Bruna Griphao e Gabriel Fop, em que estes são chamados de “chatos” e “tóxicos”, bem como, citou uma frase dita pelo próprio Gabriel, após Bruna brincar que se sentia o homem da relação, em que ele responde dizendo “Mas já já você vai tomar umas cotoveladas na boca”.
Tal intervenção por parte da produção do programa tem, por óbvio, o intuito de preservar a integridade física e emocional de Bruna, contudo, considera também o impacto dos fatos em escala nacional, diante da tamanha audiência do programa, fazendo com que mulheres na mesma situação possam mudar suas realidades. Demonstra ainda uma mudança significativa no entendimento da equipe quanto à exposição de relações abusivas e interferência externa.
Isto porque, em 2017, durante a 17ª edição do programa, o casal formado pelos participantes Marcos Harter e Emily Araújo protagonizou cenas que levaram à expulsão de Marcos sob a justificativa de que este teria agredido Emily. À época, mesmo com indícios de que a relação de ambos seria problemática, a produção permaneceu silente. Somente após uma discussão entre o casal, que causou grande comoção entre os telespectadores, em que se vê Marcos posicionar a parceira entre ele e a parede, aos gritos e com o dedo em riste, a produção do reality tomou providências e expulsou o participante.
Nos 6 anos que separam os episódios dos dois casais, a discussão acerca da violência doméstica evoluiu até a implementação de ferramentas que visam garantir a segurança das mulheres em situações de abuso. Um exemplo disso é Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que recebe denúncias de violências praticadas contra mulheres, as encaminha aos órgãos competentes e acompanha os processos, bem como, ainda orienta mulheres vítimas de violência doméstica, informa a elas sobre seus direitos, sobre a legislação vigente e indica os serviços da rede para serem atendidas e acolhidas.
Portanto, se você está ou conhece uma mulherque esteja em situação de risco, disque 180 e procure a assistência de um advogado competente para te auxiliar.
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