[e-book] Eu me Divorciei, e agora?

1. APRESENTAÇÃO

Você pode achar, que por ter sido escrito por uma advogada, esse é um manual sobre divórcio, só que isso é o que não é, essa obra, fala um pouco sobre a minha experiência, é baseada totalmente em, fatos reais, vou te contar como enfrentei dois divórcios, aliás dois divórcios e meio, e como me tornei a protagonista da minha história.

Esse e-book era tudo que eu gostaria de ter lido, quando me divorciei pela primeira vez, eu não sabia nem para que lado ir, ler essa experiência, tornaria a caminhada mais leve,, eu saberia por onde começar.

Ser “divorciada”, na época (2000), era visto como algo pejorativo, como alguém que não deu certo na vida; era alguém que estava destruindo uma família, abandonando o lar.

Foi um período de muitas dificuldades, tive de aprender a “me virar sozinha”, a sobreviver; ao mesmo tempo, foi um momento de muito aprendizado e crescimento, pois não aceitei o papel de vítima e fiz minhas próprias escolhas.

Mesmo às mulheres que estejam se divorciando, ou pensando nisso, e se encontrem em uma situação dramática e efetiva de vítimas, por exemplo, de violência doméstica, afirmo que é possível não aceitarmos este papel e, independente das circunstâncias, é preciso tomarmos “as rédeas” de nossas vidas e assumirmos o protagonismo de nossas histórias.

E foi através dessas experiências de muita dor, angústia e sofrimento, que eu senti que era necessário falar mais sobre este assunto.

Meu objetivo, com esse e-book, é ajudar mulheres que estiveram, ou estão, na mesma situação que vivi por duas vezes. Espero ajudar você a esclarecer um pouco mais sobre o divórcio, para que você se prepare para o que virá.

Não sou a primeira mulher, nem serei a última, a enfrentar esses momentos difíceis Não sou a dona de nenhuma verdade absoluta; apenas compartilho, aqui, contigo, experiências que podem contribuir no início da tua nova jornada de vida, um norte para um momento em que você se sente completamente sem rumo.

Boa leitura!

2.O FIM QUE PODE SER UM RECOMEÇO

Eu já enfrentei e superei dois divórcios; nesse processo, precisei superar a mim mesma e, com este e-book, venho mostrar a você o quanto é possível isso se tornar a realidade da sua vida também.

O que falo, neste e-book, é apenas uma reflexão do que aconteceu comigo; não tenho nenhuma pretensão de criar uma verdade diferente da sua; são apenas considerações sobre o que eu vivi, mas que podem ajudar você a começar a criar uma nova história; nada aqui é verdade absoluta, nada aqui é regra, receita de bolo ou imposição..

Ninguém casa pensando em se separar, ou, pior: ninguém imagina isso acontecendo duas vezes consigo. Ninguém, nem eu nem você, desejou ter filhos e, depois, viver com a família “despedaçada”.

Somos mulheres, a maioria de nós é romântica; idealizamos um casamento, uma família e, depois de ter realizado isso, ver o grande sonho se tornar um pesadelo, com o fim do relacionamento, é muito difícil.

3.CAIR na real É UMA FASE DIFÍCIL!

É uma grande frustração quando a gente começa a “se dar conta” que as coisas não estão indo tão bem como a gente imaginava; e, se algo não está bem para um, provavelmente para o outro também não está. Mesmo assim, muitas vezes a gente fica “tapando o sol com a peneira”, não querendo acreditar que aquilo está acontecendo com a gente..

Não idealizei uma vida de princesa da Disney, para mim; para ser sincera, eu nem acreditava muito naquilo, porque eu não via acontecer ao meu redor. Mesmo com exemplos de que a vida real é muito diferente dos contos de fadas, eu achava que comigo seria diferente de tudo que eu já tinha visto sobre relacionamentos.

Eu não me sentia uma princesa, já que precisei trabalhar desde muito cedo; sabia o quanto era importante ter minha renda, não depender do marido.

A única expectativa que eu gerava era que teria minha liberdade depois do casamento, liberdade para ser eu mesma. Mas a realidade não é bem essa.

4. QUAL SEU CONCEITO DE FAMÍLIA?

Felizmente, o conceito de família, para a sociedade e para o Direito, evoluiu, a minha família evoluiu.

A família não é só aquela formada pelo casamento de um homem e uma mulher; uma família, como veremos mais adiante, pode ser até de uma pessoa só.

Minha família é onde eu me sinto feliz, e hoje é minhas filhas, e meus cachorrinhos, e você não imagina o quanto isso me faz feliz, e além do mais, quem disse que somos felizes todos os dias, que temos obrigação de ser, tem dias que não é fácil para ninguém, não estar estando casada ou sozinha que isso vai mudar.

"Família é chegada, não origem. Família se descobre na velhice, não no berço. Família é afinidade, não determinação biológica. Família é quem ficou ao lado nas dificuldades enquanto a maioria desapareceu. Família é uma turma de sobreviventes, de eleitos, que enfrentam o mundo em nossa trincheira e jamais mudam de lado” Fabricio Carpinejar

5. o medo da vida

A vida pós-divórcio é realmente um pouco assustadora, você passa a ter sua própria identidade, resgata seu próprio nome…

Dá um certo medo de fazer tudo sozinha, recomeçar do zero, descobrir que agora você até pode tomar um vinho sozinha, dançar e cantar sua música preferida, assusta não ter quem pegue a pizza no portão.

Descobri o que era ser feliz, quando aprendi a ser feliz sozinha, ninguém tem a obrigação de me fazer feliz!

Aprendi que estar sozinha não é solidão, é opção, não prego que todos devem se divorciar, mas todos ser felizes, não é triste viajar sozinha, viajar com os filhos, triste é estar num relacionamento por medo de estar consigo mesma.

Por muitos anos tive medo de viver sozinha comigo mesma.

6.quem ganha quem perde?

“ah, você perdeu ou ganhou com seu divórcio?

Independente do regime escolhido pelo casal, não há vencedores quando se está deixando, para trás, planos, uma vida partilhada, sonhos que não chegaram a ser realizados, lembranças, fotografias que muitas vezes vão parar numa fogueira; um divórcio é um momento de muita dor.

O que posso te dizer, sem medo de errar, é que o divórcio é um momento de grandes decisões, de definir muitas coisas; a sensação é de que os dias não passam, que os problemas só aumentam.

Surgem algumas surpresas, dívidas, problemas que você não imaginava; a tendência é que muitas pessoas te digam coisas que antes não se sentiam à vontade para dizer, e é preciso força, coragem e determinação para passar por isso.

Mas, você vai superar! Você não vai morrer “de divórcio”!

7. E NÃO FOI PARA SEMPRE

Depois do primeiro divórcio, no segundo casamento, jurei que seria para sempre, que faria tudo que fosse possível para envelhecer ao lado dele.

Isso por que eu temia o divórcio?

Não, isso porque sou, sim, uma mulher romântica, e acreditei que esse seria um relacionamento para sempre; talvez por estar fragilizada, acho que passei a acreditar em contos de fada naquele momento, ou não, talvez eu apenas tenha acreditado no amor; afinal, é possível, sim, duas pessoas serem felizes, e eu fui.

O que quero te mostrar, com isso, é que é possível recomeçar; que é possível ter uma nova vida depois do fim de um relacionamento, depois de um divórcio.

O que não é possível é você amar mais o outro do que a si mesma; isso faz você construir um castelo de areia.

Não podemos nos deixar de lado, abandonar nossos valores individuais, mas é perfeitamente possível ter, sim, um novo começo.

8.FILHOS E DIVÓRCIO

“Claro que, se os filhos pudessem optar, eles não desejariam que os pais se separassem; nem seja cruel fazendo essa pergunta aos teus filhos, eles não tem maturidade para dizer algo sobre isso. Além disso, jamais pergunte “com quem você gostaria de ficar?”, isso dói demais para uma criança, independente de sua idade.

É importante que você compreenda que é um momento de grandes mudanças em sua vida. Você precisa enfrentar o luto, as perdas, os problemas econômicos; vai precisar abrir mão de algumas coisas, vai perder e ganhar pessoas, enfim, você vai precisar virar a página e recomeçar sua história.

Essa mudança acontece somente quando você percebe que precisa assumir sua responsabilidade pelo que aconteceu nesse relacionamento; quando você percebe que não é possível ganhar tudo, mas que é possível resolver tudo, pelo bem da sua própria vida.

Um divórcio pode arrastar-se por anos, pode engessar tua vida. Se você tem filhos, o divórcio vai interferir na vida deles também.

Tudo vai depender do modo om que você vai conduzir suas escolhas. O poder judiciário não vai lidar com tuas questões pessoais com a mesma profundidade e conhecimento que você.

A desarmonia desse fim de relacionamento, se levadas àss últimas consequências, podem paralisar sua vida por longo período.

O relacionamento acaba, cheio de frustrações, e a gente se sente desamparada; um sempre quer culpar o outro.

É preciso enfrentar esse período de luto e, para isso, é importante buscar ajuda, pois não há um tempo certo para essa dor passar; para alguns, pode durar um mês, para outros, seis anos, como foi comigo, em meu segundo divórcio.

9.SE EU CONSEGUI VOCÊ CONSEGUE

Quero te auxiliar de uma forma realista, quero te ajudar a ver novas possibilidades, mas, já adianto: a responsabilidade pela sua vida é sua. O desfecho dos acontecimentos depende mais de você do que das palavras encontradas neste e-book. .

As coisas somente começaram a tomar novo rumo na minha vida, somente me abri de verdade para o mundo novamente, quando me dei conta de que era preciso agradecer, ao passado, por tudo que tinha vivido.

A gente precisa aceitar o que nos aconteceu, perdoar o outro e a nós mesmas, para seguir em frente.

AQUI ESTÁ APENAS PARTE DA HISTÓRIA, EU SEI QUANTO É DIFÍCIL PARA VOCÊ, QUANTA COISA A GENTE PASSA E QUE NUNCA, JAMAIS, VAMOS CONTAR A ALGUÉM.

VAI PASSAR, O TEMPO É UM ÓTIMO AMIGO.

10.COMO SABER QUE CHEGOU AO FIM

No início do relacionamento, tudo é perfeito, tudo é paixão, aqueles probleminhas que incomodam, são deixados de lado, afinal, um acha que pode mudar o outro, pensam que, com o tempo, um vai se adaptar à vida do outro.

E sim, é verdade, as pessoas podem mudar, amadurecer e aprender com seus erros. Em um relacionamento, abrimos mão de algumas coisas pelo parceiro, e vice-versa.

Veja quais são as opções que você tem, se há possibilidade de uma reconexão do casal, se essa reconexão significaria felicidade para ambos...

Se não há, aceitar que isso foi o fim, focar em iniciar o resgate de sua autoestima, traçar um plano de ação, buscar a solução para o conflito, com respeito, é a melhor saída. Tenha planos para o futuro, vença os medos, tenha pensamentos positivos.

Não é uma decisão fácil sair de uma relação, dar adeus a um relacionamento, a um amor, é despedir-se de uma parte da nossa história; é despedir-se da gente mesmo um pouquinho, mas, lembre-se: virar a página é dar-se a chance de recomeçar.

11. POR ONDE COMEÇAR O DIVÓRCIO

Mesmo antes de você tomar a decisão de pôr fim ao relacionamento, antes de você buscar ajuda, lembre-se: nada é mais importante do que a gente ter clareza do que está acontecendo em nossa vida, para poder tomar as decisões mais assertivas. Não que tudo vá correr exatamente como você imagina, mas se você estiver minimamente segura do que quer, acontecerá da forma mais tranquila possível.

É importante que, nesse momento, você busque fazer terapia, se for possível. Haverá feridas, haverá os novos ajustes da família, decisões de como lidar com os filhos, se você os tiver.

O luto pós-divórcio é normal, porém, ao mesmo tempo, o fim de um relacionamento pode abalar a autoestima, a autoconfiança e o amor próprio de uma mulher, e isso pode te levar a ter ainda mais dificuldades para enfrentar essa situação.

Depois, você deve procurar uma advogada, ou advogado de sua confiança, para dar início ao processo de separação, que pode ser divórcio, judicial ou extrajudicial, ou reconhecimento e dissolução de união estável.

Lembre-se: talvez você faça várias consultas até decidir que chegou o momento do divórcio, ou talvez você desista, e entenda que é possível recomeçar.

Não há um passo a passo para isso, é sobre a sua vida, não há receita de bolo; é você quem toma as decisões, são os seus fatos reais.

Quando um casal se une, não imagina um dia pôr fim ao relacionamento; o casal se une pelo amor, pelos sonhos em comum, pelo desejo de constituir uma família, pelo quanto um agregará à vida do outro.

Nesse momento, sequer se pensam no regime de bens da união estável, na importância de se casarem, ou não, no registro civil. Outras vezes não oficiliazaram a união por considerarem o ato caro demais, ou por pensarem que, assim, se a relação não der certo, será mais fácil de se separar.

Mas o regime jurídico vai existir, independente de ser casamento ou união estável, esta última facilitada se houver um contrato regendo a união.

Se não houver, o regime jurídico sempre será a comunhão parcial de bens.

12. LUTO PELO FIM DO RELACIONAMENTO

O luto é um processo doloroso e que não deve ser interrompido ou impedido, ele tem que ser encarado e vivido.

É um processo necessário, que pode ser dividido em 5 fases.

Quando um relacionamento acaba, a dor dessa perda é comparada à dor do luto; a diferença é que o outro está vivo, e você vai continuar convivendo com ele.

Talvez ele entre em um novo relacionamento antes de ti, e isso pode tornar esse fim mais difícil de superar, pois você pode pensar que ele vai estar quebrando muitas promessas que tinha feito para você, pensar que ele está realizando com outra pessoa sonhos que vocês tinham sonhado juntos.

Cada pessoa enfrenta de um jeito essa perda, tudo depende da sua história de vida, da história do relacionamento e como foi o rompimento do casal. Não há um tempo certo para que isso passe, pode durar um mês, três meses, ou até seis anos ou mais, tudo depende de como você vai enfrentar esse momento, de como você escolhe viver depois do divórcio.

Pela minha experiência, eu sei que o luto é um processo doloroso, mas necessário; é somente depois de vivido o luto de forma sentimentalmente honesta, é que você consegue superar.

Não tenha vergonha de passar por esse momento, não tente interromper processos. É muito importante que busque ajuda profissional, se for possível, para enfrentar esse momento.

No entanto, ninguém poderá vivê-lo por você, não há o que possa ser feito para que você não sinta.

É importante você conhecer essas fases pelas quais irá passar, isso pode ajudar a amenizar as dificuldades dessa experiência.

Mais importante, ainda, é você respeitar e aceitar seu processo, principalmente não se culpar pelo que está acontecendo. Buscar ajuda é uma forma de amenizar a dor, de compreender suas emoções e, consequentemente, se fortalecer para enfrentar os desafios de forma mais tranquila.

Sobre esse tema, essas palavras nascem dada experiência pessoal de quem viveu e sentiu na pele, de quem já procurou socorro na terapia para enfrentar e superar esse luto.

Além disso, também construo minha fala a partir da experiência profissional em atendimento a dezenas de mulheres que passaram por processos de divórcio, nos processos de desenvolvimento pessoal, nos quais auxilio mulheres a enfrentarem esse luto e virar a página para recomeçar sua história.

Maturidade é saber a hora de ir embora da vida de alguém.”

Nathallye Costa

13. As 5 fases DO LUTO APÓS SEPARAÇÃO OU DIVÓRCIO

É possível que você identifique, em uma, ou mais delas, o período que você está passando, ou já passou.

Certamente, da realidade que estamos vivendo, tudo fica menos complicado e assustador.

1 – Negação

A primeira reação ao divórcio é a negação:" isso não está acontecendo comigo ";" é só um tempo, ele vai voltar e tudo será como antes. ";" mas ele vai acordar e vai ver o que perdeu. ";"ele não arruma ninguém como eu, ele já volta.” Esse momento não pode ser encarado como uma derrota. Se você compreender que essa é uma fase natural do processo, conseguirá lidar mais racionalmente com a situação.

2 – Fase da raiva

aqui, se começa a entender, levemente, que é mesmo o fim, mas então vem a raiva; o ex-casal começa a se agredir, dizer coisas horríveis um ao outro, ambos acusam-se, queimam fotos, devolvem presentes, dizem o que ficou entalado na garganta. Isso tudo é para esconder a tristeza, é um momento muito difícil; se você tem filhos, é muito desgastante para todos.

3 – Fase da barganha

Agora, a “ficha caiu”, mas você não está preparada para aceitar a nova realidade. Você tenta, ainda, reverter a situação: "e se", "e se eu fizer isso...", "e se a gente fizer aquilo...", etc. Aqui, você pede ajuda a amigos, parentes, faz promessas; você vê chances de ter a pessoa de volta. Aqui acontece a recaída, você está com medo de ficar sozinha, e volta pelos motivos errados.

4 – Fase da depressão

Essa talvez seja a fase mais dolorosa. Aqui, você começa a se questionar: "por que escolhi ele para casar?"; "por que só comigo não dá certo?"; "qual o sentido de nada dar certo pra mim?", etc. Você sente culpa, se acusa, se chicoteia, e se despreza. Mas essa é, sobretudo, a hora de ressignificar, de aprender com o que aconteceu, se fortalecer e fazer novas escolhas.

5 – Fase de aceitação

Aqui, finalmente, você começa a viver de novo, aceita o que aconteceu, aos poucos. É o momento de parar de sofrer, de se livrar da dor; você descobre que não vai morrer “de divórcio”. Já vê novas possibilidades na vida.

14. COMO É RECOMEÇAR?

Olha o que aconteceu comigo, meu segundo divórcio, eu tinha uma bebê de 3 meses, então eu estava no pós parto. Junto com a tristeza, o luto do divórcio enfrentava todas as dificuldades desta fase, claro, eu estava tirando mais de letra, já que eu era mãe de segunda viagem.

Foi doloroso sim, e vou te contar um segredo, somente 8 meses depois do divórcio decidi voltar a viver, eu me dei conta de que realmente era pra sempre, que não teria mais volta, foi quando eu passei pela última fase do luto.

Mas antes disso, teve muita dificuldade, eu realmente vivi aquele luto, era como se tivesse uma doença grave, o peito rasgava a garganta doía a maioria do tempo, eu jurava que tinha uma doença. Mas não era nada, era eu mesma brigando com a minha realidade.

Então, teve um dia que entendi que era o fim. Eu fui ao fundo do poço pela última vez.

15.UM NOVO DESPERTAR

ASSIM, despertei para o mundo, mas eu não sabia como fazer, na primeira vez que fui sair de casa, pense, eu havia saído de um casamento de 12 anos, estava com 39 anos, autoestima lá embaixo, com problemas financeiros, mas decidida a viver.

Quando fui sair de casa, abro o roupeiro, descobri que eu não sabia me vestir para sair, sim eu tinha um encontro, e não sabia como fazer, precisei da ajuda da minha filha.

Mas depois retomei o controle, olhei pra mim, o corpo ainda não estava em ordem, mas liguei uma música alta, dei algumas voltas de carro sozinha, e fui ao jantar, me senti a mulher mais livre, me senti um pássaro.

16.MINHA VIDA DE PROTAGONISTA

Imagine você, eu que já quis casar aos 20, casei de novo aos 27, porque tinha encontrado o amor da minha, aos 40, decidi que não podia ficar sozinha, aos 46 descobri que sou dona de mim, que posso continuar contando histórias.

Minha vida é de uma mulher interessante, eu aprendi falar de Caetano, de Gal, de economia, sou feminista, sou por mim, sou mãe, sou mulher, sou avó, entrei para a política, choro escondida as vezes, tenho planos de ir a Paris, já viajei sozinha pra praia, ah sou dona de mim.

Mas agora, encerro aqui, afinal a via continua.

Viu só, ninguém morre depois de se separar de se divorciar, você apenas recomeça a história.

17.O QUE NÃO FAZER APÓS O

DIVÓRCIO

Buscar um novo relacionamento, não vai curar, um amor não se cura com outro, se você não eliminar o que te dói, não se fortalecer de si mesma, esse novo relacionamento estará fadado ao insucesso, isso já aconteceu comigo, dê um tempo para você.

Achar que mudando de cidade estará tudo resolvido, de nada vai adiantar você mudar e não fazer nada por você, mude de cidade, de casa, a cor do cabelo, mas mude internamente também, busque se curar para começar a contar uma nova história da sua vida.

UM AMOR SÓ SE CURA COM AMOR PRÓPRIO!

18.VAMOS JUNTAS MUDAR O MUNDO DE MAIS PESSOAS?

Se este e-book te ajudou, me mande seu feedback, seus comentários, quero saber as tuas impressões o que você sentiu ao ler.

Depois, indique a uma amiga, faça um post da parte que você mais gostou, me marque, vamos interagir, fazer essa energia circular?

19.VAMOS JUNTAS MUDAR O MUNDO DE ALGUÉM?

20.O que você vai fazer depois da separação?

Você não precisa ser vítima dessa dor a vida toda. Você pode usar tudo isso para se tornar uma mulher muito melhor e mais forte do que era antes da separação.

Eu digo a você: abraçe e acolha a si; olhe para você no espelho e diga a si o quanto se ama e o quanto está disposta a curar essa história do seu passado e seguir em frente.

Eu espero, do fundo do meu coração, que esse e-book contribua para que você enfrente esse momento com muita dignidade, que possa lidar bem com suas emoções.

Há 20 anos, o compartilhamento de um conteúdo como esse teria feito muitas coisas serem diferentes em minha trajetória, eu teria me sentido menos incompreendida, menos sozinha, teria errado menos e, principalmente, sofrido muito menos.

Com amor,

Tatiana Fortes

21.SOBRE A AUTORA

Tatiana Vasconselos Fortes, 46 anos, advogada familiarista, mentora e palestrante. mãe da Isadora Fortes de Amorim e da Helena Fortes Hahn, vovó da Cecília Maria Fortes Rotilli.

Formada como Técnica de Enfermagem, pela Universidade de Passo

Fundo, em 2003, Formada em Direito pela Universidade de Passo Fundo no ano de 2009.

Especializanda em Direito de Família e sucessões. cursos de dicção e oratória no SESC-SENAC;

FORMAÇÃO MEDIAÇÃO SISTÊMICA INSTITUTO INNOVARE/2019; MENTORIA EM Prática SISTÊMICA NA ADVOCACIA/2019; Formação Professional Self Coaching -PSC pelo Instituto Brasileiro de Coaching, 2019. Formação e certificação em Inteligência Emocional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, 2020; ATUALIZAÇÃO EM Prática SUCESSÓRIA- ESA/OAB/RS, 2020; Pos graduanda em Direito Previdenciário pela Universidade de Passo Fundo do RS. Extensão em coaching pela Verbo jurídico, 202;Extensão em gestão e inovação pela Verbo jurídico, 2020.

Associada do IBDFAM- Instituto Brasileiro de Direito das Famílias; Advogada dativa na Justiça Federal de Palmeira das Missões-RS, Integrante Comissão da Mulher Advogada da OAB/RS triênio 2019/2021.

O divórcio nos exige muita coragem, mesmo. É preciso reaprender, buscar forças em si mesma para começar de novo, “sozinha”.

Passar por um processo de divórcio é exaustivo e desgastante, muitas vezes postergamos porque tememos ter de enfrentar tudo o que está envolvido.

Ver o sofrimento de quem amamos é um pavor muito grande.

Muitas vezes amar é saber dizer adeus, não apenas quando o amor acaba , mas também quando a convivência não é mais a melhor escolha. No final, a única certeza é que é possível ser feliz de novo, e de novo!

Tatiana Vasconselos Fortes

ADVOGADA - OAB/RS 78.321

Mentora, Palestrante

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SEMPRE TEM UMA SAÍDA,

VOCÊ SEMPRE PODERÁ FAZER UMA NOVA ESCOLHA.

TATIANA FORTES