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5 de Maio de 2024

Jair Bolsonaro é denunciado em Haia por crime contra humanidade

Publicado por Mayana Scremin
há 8 anos

A UBE - União Brasileira de Escritores solicitou nesta quarta-feira, 27, ao Tribunal Penal Internacional de Haia, que inicie uma investigação contra o deputado Federal Jair Bolsonaro por crimes contra a humanidade.

No documento, a entidade conta que, em seu discurso durante a votação da presidente Dilma Rousseff, o deputado homenageou a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi e "um torturador, a quem o parlamentar 'dedicou' seu voto em favor do impedimento diante de toda a nação brasileira em 17 de Abril de 2016".

Afirma que os atos cometidos por Ustra se tratam de crime contra humanidade, previsto no art. 7º do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional. O dispositivo estabelece, entre outros, que é crime contra humanidade homicídio; extermínio; prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave; tortura; violação, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável; e perseguição de um grupo ou coletividade identificável por razões políticas, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos, de gênero, outros.

Para a Ube, "pela homenagem ao coronel Ustra, e, por extensão, às suas obras e ações voltadas à prática da tortura, o deputado Jair Bolsonaro é um apologista evidente do crime de tortura". Por isso, deve responder pelo crime de responsabilidade consistente em "atos desumanos de caráter semelhante, causando intencionalmente grande sofrimento ou ofensas graves à integridade física ou à saúde mental ou física".

Segundo o presidente da entidade e sócio do escritório Noronha Advogados, Durval de Noronha Goyos Júnior, "a União Brasileira de Escritores acredita, ainda, que tal conduta de Jair Bolsonaro representa o ato desumano de infligir dor intencional e sofrimento mental sobre as vítimas do coronel Ustra e os membros da família dessas vítimas, assim como a comunidade brasileira e as pessoas em geral."

Fonte: Migalhas

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102 Comentários

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Desproporcional, se ele entende que o que ocorreu em 1964 foi uma intervenção legítima e enxerga seus superiores hierárquicos como heróis e, portanto, exalta essas figuras, é uma perspectiva gente!! Pode ser diferente da minha e da sua, mas é uma perspectiva!! Isso é pluralismo político, ainda não é crime!!! Ustra nunca foi condenado e eu ainda vejo garantista defendendo posicionamentos ofensivos à perspectiva de Jair Bolsonaro!! É querer imputar a uma pessoa um crime de opinião, isso não existe!! Eu não vivi 1964 e a história é muito controversa, cada pessoa que viveu enxergou esse período de uma maneira diferente. O que causa-me espécie, é o fato de ninguém ter se manifestado de tal forma quando víamos Lula e outros integrantes do Partido dos Trabalhadores tirando fotos em encontros com Fidel Castro. Por que o tratamento diferenciado, se a guerrilha também foi a barbárie e matou muito mais que a ditadura militar brasileira?! continuar lendo

Concordo Felipe e digo mais;
o curioso é que para várias personalidades um "crime de opinião" é mais notório que uma cusparada na cara que parece ninguém ter se importado.

O sr Bolsonaro, é o único com coragem suficiente de defender fielmente seus pontos de vista. (respeitando como já dito a opnião de cada). continuar lendo

Pela sua lógica o nazismo também deveria ser considerado como uma "perspectiva", "diferente da minha ou da sua, mas uma perspectiva". Afinal, se um neonazista entende que o que ocorreu entre 1933 e 45 foi apenas uma intervenção legítima e enxerga seus superiores (como Hitler) como heróis, então que se há de fazer? É a perspectiva dele e temos que respeitar, certo?

Errado! Justificar a apologia de Bolsonaro à tortura com o epíteto do "pluralismo político" é um total absurdo, porque os torturadores e assassinos da ditadura eram a expressão brutal justamente da SUPRESSÃO do pluralismo político.

Discordo frontalmente deste relativismo moral. A civilização exige um limite absoluto para o que considera perspectivas sociopolíticas diferentes. Torturar e assassinar pessoas por "delito de opinião" é algo absolutamente imoral, condenável, inaceitável, abominável. Se você tortura e assassina alguém meramente por pensar diferentemente de você, isso não é mais questão de "perspectiva", e sim um crime contra a Humanidade.

Assim como não pode ser tolerada a "opinião" de um representante do povo que defenda facínoras de esquerda (como Pol Pot, como Stálin, Mao etc.) e de direita (como Hitler e Mussolini), não pode ser tolerada a "opinião" de quem defende e exalta torturadores e assassinos políticos (pior, ele gostaria inclusive de REEDITAR a ditadura). Tais figuras só merecem um lugar, a lata de lixo da História. continuar lendo

Sidartha, que tipo de povo nós brasileiros somos que só conseguimos conviver com quem pensa igual?

Isso é traço de autoritarismo, o mesmo autoritarismo que você condena.
Se dentro do Congresso existirem limites ideológicos, que liberdade terá um deputado para amanhã falar algo que desagrade o governo?

Veja bem: Bolsonaro não torturou ninguém, não deu apoio material a nenhum torturador e nem acobertou um caso real de tortura....Bolsonaro simplesmente falou.

Falar é livre dentro do Congresso....Se ele entrasse com uma tropa de simpatizantes, quebrasse tudo e espancasse pessoas, aí sim mereceria sanções.
Agora falar não é crime, ainda que ofenda a honra de outrem, porque a Constituição assegura este direito ao parlamentar.

A sanção e o prêmio, em cada caso, serão dados pelo eleitor nas urnas. continuar lendo

Pensar igual ou diferente é uma coisa. Apologia a torturadores é outra. continuar lendo

Concordo, Felipe.
Há poucos dias houve uma manifestação de alguns professores de universidades públicas, apoiada por alguns líderes petistas, como o ex-governador gaúcho Tarso Genro, para que o ex-presidente Fernando Henrique fosse impedido de participar de Congresso da Latin American Studies Association (Lasa), sob o argumento de que ele não teria hesitado em pôr em perigo a “paz doméstica” brasileira, bem como nossos “mais básicos mecanismos democráticos, como a Constituição”.
Curiosamente isto justamente por seus correligionários defenderem a aplicação do que está na... Constituição, como reiteradamente avalizado pela Suprema Corte do país, no caso do impeachment.
A Lasa, em razão de seu compromisso histórico com a democracia, e como era de esperar, divulgou um comunicado bastante enfático dizendo que “jamais admitiria desqualificar um acadêmico conceituado com base em sua posição política”.
Mas este é o contexto que temos no Brasil. Os que se autoproclamam democratas, que diziam lutar, à época do regime militar, pela democracia - apesar das inúmeras demonstrações de que isso seja mentira - têm como método a tentativa de silenciar quem pensa diferente, seja por censura, seja por tentar cassar mandatos, seja por tentar impedir participação em fóruns de discussão, seja por tentar criminalizar opinião.
Esses dias foi publicado um pequeno texto aqui no JusBrasil sobre a incoerência dos "comunistas de iphone", concorrendo com outra incoerência: os "democratas que só toleram uma opinião". continuar lendo

Sidarta e Jadson

Então porque pode falar bem de Marighela (terrorista)?

Por favor, a mesma medida para o mesmo peso! continuar lendo

Pedro Carvalho, a sua mensagem contém alguns equívocos. Primeiramente, não temos que conviver com quem defende a tortura, o assassinato e a ditadura como recursos de poder legítimos. Temos que BANIR da vida pública quem pensa assim.

Isso não tem rigorosamente nada a ver com autoritarismo. A Lei alemã proíbe quaisquer FALAS que sejam apologéticas do nazismo. Inclusive, a Suprema Corte alemã considerou uma banda de rock neonazista como organização criminosa, condenando seu líder a três anos de prisão.

Você vai dizer agora que isso é autoritarismo? Eu acho que não. A democracia alemã é muito mais forte do que a nossa. Democracia não é igual a liberdade absoluta de opinião. Por quê? Porquê há opiniões que defendem a supressão da democracia (e da diversidade de opiniões, das opiniões divergentes etc.). Estas não podem ser toleradas. Isso parece um paradoxo da democracia, mas é um mal muitíssimo menor do que permitir a publicização de todas as opiniões, inclusive das que defendem a destruição da democracia, a opressão de grupos, etnias etc.

Falar é livre, no Congresso ou em qualquer lugar em uma democracia. Mas não é absolutamente livre, porque não se pode permitir que a absolutização de um direito (como o da livre expressão do pensamento) implique a supressão de outros direitos, ou da liberdade alheia.

Mas seu equívoco maior, Pedro, está na ingênua (e perigosa) ideia de que a sanção ou o prêmio, pelas livres falas, serão dadas pela vontade das urnas. De novo você está errado. Lembro que o nazismo chegou ao poder democraticamente na Alemanha. Se no Brasil houver uma maioria de eleitores que defenda a escravização de negros ou a submissão de mulheres (ou que defendam a "volta" da mulher à posição subalterna ao homem), isso quer dizer que os parlamentares eleitos por eles e representantes de tais aberrações podem falar à vontade que devemos respeitar isso?

Na Alemanha, se não houvesse uma legislação que proíbe a manifestação política nazista, certamente já teríamos deputados neonazistas no Bundestag, vomitando suas abomináveis opiniões de sempre. Aí você estaria de acordo? Afinal, "falar simplesmente" não é nada tão grave assim, certo? Que o digam os que sofrem bullying, as vítimas de assédio moral, de calúnias, difamações etc. continuar lendo

Ótima colocação. Concordo. continuar lendo

Achille, você não pode falar bem de Marighella caso saiba que ele foi um torturador, um assassino frio etc. Agora, dizer simplesmente que ele era "terrorista" e achar que tal termo, por si só, equivale a uma condenação moral, está errado.

Judeus formaram esquadrões na II Guerra Mundial para assassinar nazistas das mais diversas formas (eram os verdadeiros bastardos inglórios). Os nazistas chamavam tais judeus de terroristas, de inimigos do Estado, de criminosos etc. E aí?

Confesso que não sei nada de Marighela, então não vou falar nem bem e nem mal dele. Sei que comunistas como Mao, Pol Pot e Stálin eram facínoras abomináveis. Se tomar conhecimento de que algum deputado foi à tribuna elogiar ou homenagear tais psicopatas, também pedirei a cassação dele.

Bolsonaro deveria ser cassado, para o bem da democracia. continuar lendo

ótimo comentario continuar lendo

Todos os brasileiros que são descendentes de um dos 14.000 Cubanos mortos por Fidel Castro e Che Guevara também sentem o mesmo que os descendentes dos torturados pelo regime militar quando estes são exaltados pelos nossos congressistas.

Fico imaginando como se sentem então os descendentes dos militares mortos em emboscadas (estou falando de soldados e cabos e no máximo sargentos mortos única e exclusivamente por causa de seu armamento) em relação à nossa Presidente.

A propósito Nazismo é ser contra uma raça, não tem perspectiva que seja respeitável nisto! Qualquer um que pense como um Nazista está errado! continuar lendo

Sidharta Soria, você gostaria de banir Jair Bolsonaro da vida pública?

O apoio que ele tem de milhares de eleitores deve simplesmente ser desconsiderado porque ele defende um ponto de vista que você considera perigoso?
Então a sanção e o prêmio vindo das urnas não significa muita coisa para você, pelo jeito.

Veja a opinião insatisfeita dos alemães que estão aderindo à extrema direita.
Estão fazendo essa guinada para a direita por serem governados por quem pensa que a opinião do povo não interessa tanto assim.
Veja o que ocorre nos EUA, em relação aos imigrantes....E na Europa em geral.

Não estou defendendo a extrema direita, mas certamente condeno posições que partem de premissas como as que você apresentou, como banir da vida pública um deputado eleito ou tratar a liberdade de expressão, garantida constitucionalmente, como uma espécie de ameaça à democracia.

Gostaria que você me dissesse, Sidharta, onde fica o limite do controle que você quer importar da Alemanha.
Partidos Neo-Nazis estão banidos, logo deveríamos aqui no Brasil banir o Bolsonaro....? É por aí?

Qual o próximo passo? Vamos proibir também quem ameaça o "governo popular" com ideias de privatizações e outras "ameaças neoliberais"?
Ou quem sabe não seria conveniente amordaçar quem pensa diferente, como quem ousa defender pena de morte?

Quem vai poder controlar os controladores se nem no Congresso Nacional puder existir liberdade de opinião?

Controle do sistema é algo por demais impreciso, e imprecisão é uma tragédia quando se trata de limitar direitos, principalmente políticos.
Prefiro continuar com aquilo que a CRFB prevê em relação à imunidade dos parlamentares.

Ao menos a CRFB eu conheço, e ao menos nos parlamentares eu posso votar ou deixar de votar.
Abraços. continuar lendo

UBE-União brasileira de escritores, srs; não tem nada mais a fazer? Que tal escrever algumas linhas endereçadas as nossas crianças nas escolas? Ou quem sabe escrever algo que dê o que pensar a nossa classe pólitica ?
Ou nisso é falta de assunto? Não basta a OAB-RJ agora vem os senhores com essa falta de imaginação?
Oras....vão plantar batatas srs. continuar lendo

Participo há muito anos do Jus-Brasil, e por mais que acompanhe os comentários aqui postados, confesso que não consigo entender muitos deles.
Por exemplo; toda vez que a noticia refere-se as Forças Armadas e ao periodo do regime militar, leio as mais variadas criticas aos militares brasileiros.Muitos dizem que havia dentre esses militares alguns que praticavam tortura e por consequencia pessoas morriam, e isso realmente aconteceu.Não vejo da parte dessas pessoas, a mesma severidade para com aqueles que combatiam o regime militar e que TAMBÉM praticavam crimes, e em alguns casos mais barbaros que os de tortura.E por que não comentam sobre esses guerrilheiros/terroristas, e suas praticas de justiçamentos (assassinando os proprios companheiros) quando descobriam traições dentro de seus grupos?Por acaso não agiam eles em desacordo com a lei vigente? Roubos,atentados a bomba, assassinatos eram práticas permitidas a eles e somente a eles? Por que não denunciam Dilma Rousseff,Carlos Minc,Aloisio Nunes, Zé Dirceu,José Genoino, Franklin Martins e outros menos famosos aos orgãos competentes?Qual a diferença entre uns e outros se é que existiram?Enquanto as forças armadas agiam dentro da lei existente então, esses grupos agiam em desacordo com ela, ou não? Eu só queria entender.
Ass.um aposentado que ainda pensa c/a propria cabeça. continuar lendo

Bateu a cabeça meu amigo??? Lunatico....hahah...intervenção legitima...hahah.... continuar lendo

Felipe, você está estudando direito e precisa estudar mais. O Ustra foi condenado sim, pesquise, se informe. Outra confusão no seu comentário é que a Ditadura existiu (além da falta de voto por mais de 20 anos) para conter as opiniões contrárias. Agora faça um exercício mental e pense que se hoje tivéssemos uma ditadura você não estaria escrevendo estas linhas , muito menos eu , porque repito Ditadura é a negação da pluralidade, do confronto de idéias, da evolução derivada deste confronto de idéias, NEGAÇÃO DO VOTO. Logo pense que se te negam algo que é um direito você vai lutar, e como já disse , se não pode ser no campo do confronto de idéias o que sobra????? Na segunda guerra de certa forma o mundo demorou muito para perceber o perigo contra a vida que Hitler representava, mais recentemente na Bósnia, o mundo se omitiu e tivemos um genocídio com a complacência das grandes potências e me parece triste ver o que ocorre com os sírios, não acredito que você ache isto normal. São histórias de ditadura que em certo momento tiveram apoio do povo até que a verdade dos porões aparece e neste momento percebem que foram "massa de manobra". Estudar é bom porque nos dá um poder que ninguém pode tirar , ainda que existam opiniões contrárias que servem para nos fazer estudar mais... continuar lendo

Pedro Carvalho, defendo o banimento da vida pública de quem quer que defenda ou faça a apologia ou propaganda de facínoras torturadores, de psicopatas assassinos etc. Sejam de qual ideologia forem, porque existem facínoras de direita e de esquerda.

Este é o limite. O deputado do PCdoB foi lá homenagear Pol Pot? Casse-se! O deputado foi homeagear torturadores e assassinos da ditadura de 64? Casse-se!

O limite é que NINGUÉM pode defender a violação dos direitos universais do ser humano. Não interessa o motivo pelo qual alguém queira defender a suspensão deste direitos. É proibido e ponto final.

Minha posição é autoritária? Eu posso dormir com um barulho desses. Será ainda muito melhor do que acordar um dia e ver que defensores de ditaduras viraram maiorias e a democracia e o Estado de direito não existem mais. continuar lendo

Pedro, não podemos tomar a vontade das urnas de modo absoluto. Pense por exemplo no seguinte: se uma maioria de eleitores hipoteticamente elegesse parlamentares e chefes de Executivo que defendessem o fim da propriedade privada dos meios de produção, a "socialização" deles etc.

De acordo com o seu raciocínio, deveríamos aceitar isso, porque, afinal, tais bandeiras foram eleitas democraticamente, certo? Perceba que o seu argumento forçosamente considera como "certo" ou legítimo tudo aquilo que foi eleito. Assim, Bolsonaro pode defender a violação de direitos universais, porque, afinal, ele foi eleito, e portanto é intocável por suas opiniões.

Se a mesma lógica fosse aplicada à Alemanha, aqueles desordeiros de cabeças raspadas já teriam bancadas de deputados nazistas, defendendo a ideologia nazista e tudo que ela significa para quem não for da "raça superior".

Pela sua lógica, tudo que deveríamos fazer é aceitar isso, porque, afinal, esses nazistas foram eleitos, e, portanto, são intocáveis por suas opiniões.

Compreendeu agora a trágica implicação do seu argumento de que a vontade eleitoral é absoluta? continuar lendo

Em suma, o problema de você ser contra ditaduras mas aceitar conviver democraticamente com quem defende ditaduras é que, se um dia este virar maioria, ele não vai mais precisar conviver com você. continuar lendo

Sidharta, existe uma diferença entre defender uma linha de pensamento e colocar aquilo em prática de maneira irrestrita.

Se uma democracia é tão frágil que precisa restringir direitos políticos em razão do medo, desculpe mas não existe aí democracia a ser protegida, para começo de conversa.
Você gosta do exemplo da Alemanha, mas esquece que uma situação de guerra, ou de guerra iminente, tem peculiaridades que impedem uma comparação direta com situações de paz.

Mas tudo bem, vamos adotar sua premissa e pensar que a vontade da maioria pode ser perigosa.
Não deixa de ser verdade, e a História é rica em exemplos. Basta lembrar que em quase todas as ditaduras comunistas, o povo um dia foi para as ruas lutar por aquilo.
Nisso eu concordo contigo: traição às bases é uma constante na política.

O que eu gostaria que você entendesse é que uma "democracia" que não consegue lidar com um Bolsonaro não merece ser chamada como tal. É um estado transitório de coisas, de forma que não somos democráticos, apenas estamos.

Se Jean Wyllys, antes de votar, homenageasse Che Guevara porque "aquele sim sabia metralhar um coxinha sem perder a ternura", isso seria uma frase criticável e de mal gosto, mas igualmente permitida pela imunidade parlamentar.

E continuaríamos tendo que aceitar a presença e a atuação desse deputado...
O que não dá é para agir como George W. Bush, e lançar um "ataque preventivo" contra congressistas eleitos, pelo fato de representarem possíveis consequências para o país.

Esse tipo de pensamento, Sidharta, viria a calhar na Gestapo, ou em algum Tribunal da Santa Inquisição.
E espero que você não seja fã de nenhum desses.

Em resumo: desde que não dê um golpe militar, pode homenagear os militares à vontade.
Não cabe a ninguém fazer exercícios de futurologia, mesmo porque a ideologia do atual governo também causou o extermínio de muita gente, e se fôssemos ser futurólogos, nenhum partido de esquerda deveria ser sequer registrado no TSE.
Afinal, olha o que aconteceu na URSS....

Não é questão de aceitar o discurso do outro como "certo", mas aceitar que ele pode falar o que pensa.
Se tentar tomar o poder ilegalmente, aí sim, as consequências serão distintas. continuar lendo

Concordo plenamente contigo!
Tentar silenciar Bolsonaro é violentar a democracia.
Se o Brasil é democrático Bolsonaro tem que ser livre para se manifestar seu ponto de vista da mesma forma que os esquerdistas são. continuar lendo

Sr.Welfare Fernando Vieira; não sei se o seu comentário que diz assim: "Bateu a cabeça amigo - Lunático- hahaha- intervenção legitima hahaha" foi dirigida a mim.
Se foi dirigida a mim, digo-lhe c/segurança que não bati a cabeça, não sou lunático, e o minimo que se espera dos que aqui comentam, é......respeito as opiniões alheias.E se o sr. leu atentamente o que escrevi, em nenhum momento eu afirmei ser o regime militar uma intervenção legitima.Afirmei sim que agiam "dentro da lei existente", lei essa implantada pelos militares, se era correta ou não, é outro problema mas era a lei que havia naqueles 21 anos, e que foi sim desrespeitada por aqueles que militavam nos grupos guerrilheiros e terroristas, e portanto eram passiveis de punição.Eu não peguei em armas, embora em 1964 já tivesse 18 anos de idade.
Preferi o caminho honesto, fui estudar e trabalhar ao invés de assaltar , roubar e até mesmo matar inocentes civis entre outros.Não me arrependo e posso lhe dizer que nem mesmo votei nesses que se diziam "combatentes" do regime e que hj. estão para serem escorraçados do poder.Enganaram a muitos....não a mim. continuar lendo

Levino, se uma "lei existente à época" é imposta à força, por um regime ditatorial (e, portanto, constituído sem a vontade democrática da sociedade, e normalmente contra esta), ela é ilegítima e portanto autoriza o direito de resistência. continuar lendo

Show de bola! Mas qualquer argumento para a esquerda...É como uma poeira no firmamento. Não existe racionalidade entre eles. É o que eles querem e pronto. Gostei dessa parte: "foi uma intervenção legítima e enxerga seus superiores hierárquicos como heróis e, portanto, exalta essas figuras, é uma perspectiva gente!! Pode ser diferente da minha e da sua, mas é uma perspectiva!! Isso é pluralismo político, ainda não é crime!!! Ustra nunca foi condenado e eu ainda vejo garantista defendendo posicionamentos ofensivos à perspectiva de Jair Bolsonaro!!". Me convenceu continuar lendo

Está virando oportunismo, agora.

Aproveitaram um comentário do Bolsonaro para tentar tirá-lo do poder, o que é desproporcional, ridículo e autoritário.
Será que não entendem que dentro do Congresso Nacional existe liberdade total de opiniões?

Se um deputado sair elogiando Adolf Hitler e logo em seguida apresentar um projeto para vender a Amazônia, tudo isso está sujeito a um regime próprio, garantido constitucionalmente, que é o Estatuto dos Congressistas.

Querer denunciar um parlamentar por ter expressado sua opinião, por mais que não tenha agradado, é não entender o que é uma democracia e desconhecer as garantias dos parlamentares.

Críticas, ok.
Oportunismo em afronta à Constituição Federal, isso não. continuar lendo

E aí se faz o quê com todos os parlamentares dos pequenos comunistas e alguns do PT que homenageiam abertamente Che Guevara, que matou, torturou e praticou infinitamente mais crimes?
Ultimamente as coisas estão assim, tem dois times e duas torcidas fanáticas se brigando. continuar lendo

Até onde se tem conhecimento, Ustra não foi condenado e, desta forma, o máximo que Bolsonaro fez foi CITAR (e foi o que ele fez) alguém ALEGADAMENTE criminoso. Ainda que ele possa ser responsabilizado DIRETAMENTE, não entendo como Dilma que fez parte de um grupo terrorista e que matou INOCENTES é vista gente fina... Será que ela, quando participava dos grupos, era apenas tomando chá das 05:00? Para mim, quem faz parte de grupo criminoso é criminoso moral quando menos. E este é o caso de Dilma.

O mais curioso é que me parece que se pode defender determinadas ditaduras. Ou não vemos regularmente políticos brasileiro defendendo notórios ditadores e torturadores? Mas, me parece que apenas os de esquerda podem ser exaltados e considerados bacanas.

Os ditadores e torturadores brasileiros estão onde devem estar: no lixo moral da História. O que não entendo é como Fidel, Guevara e outros não estão e NINGUÉM acha ruim quando são exaltados e idolatrados.

Por mais absurdo que seja, se querem admirar e adorar Hitler ou Fidel é uma escolha individual e ninguém tem nada com isto. O que não dá é achar criminoso os militares do Brasil e achar que outros são bacanas. Aí é uma questão, quando menos, moral. continuar lendo