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2 de Maio de 2024

Privatização do SUS e o Sensacionalismo das Redes Sociais.

O Decreto nº 10.530, de 26 de outubro de 2020 foi boicotado.

Publicado por Gabriel Lustosa
há 4 anos

A saúde é direito universal, um direito social previsto no artigo 6.º da nossa Constituição, assim como o dever do estado em promover a saúde pública está disposto no artigo 196 da CF/88.

O Decreto revogado pelo Executivo Federal visava abrir a possibilidade para que mais partes da sociedade civil pudessem colaborar com a melhora da Saúde Pública.

Não somente, o Decreto vislumbra a tentativa de investimento e injeção de capital privado nestes setores, que ausentes de verba, receberiam aporte financeiro para a melhoria da própria prestação do serviço.

Essa melhoria da Saúde é precípua do Estado, mas toda a sociedade civil concorre, assim como as empresas privadas concorrem e os cidadaos.

Quando o Estado não consegue gerir, ele propõe — e deve propor — os Programas de Parceria de Investimentos (PPIs), previsto na Lei nº 13.334, de 2016, ou, em sede de Direito Administrativo, os conhecidos contratos de concessões por intermédio de Parcerias Público-Privada (PPPs), previsto na Lei 11.079/04, para o fomento da participação da própria sociedade civil e da inciativa privada.

A confusão e a propagação histérica, mentirosa, do teor do Decreto (com apenas dois artigos), assim como a deficiência na comunicação do governo, revogaram uma grande oportunidade ao SUS.

A colaboração da iniciativa privada no setor público já existe, como nas Santas Casas, UBSs e UPAs e não perderam a sua natureza pública, mas continuam financiadas pelo Estado através de impostos.

O Sistema Único de Saúde (SUS) está na previsto na Constituição no art. 200 e seguintes, não podendo ser modificado, assim como o art. 6.º e o art. 196 da CF/88, via decreto, tampouco privatizado por se tratar de um sistema administrativo e organizacional, logo, não corpóreo. Diferentemente de uma autarquia, que, por exemplo, seria passível de privatização.

Cláusulas pétreas são imutáveis, impossíveis de modificação na via jurisdicional ou até por intermediário de processo legislativo constitucional.

O que aconteceu no dia 28 de outubro de 2020, foi desinformação, fake News, preguiça de estudo e uma geração tosca que não se informa, que no papel de “idiotas úteis” — na concepção leninista do termo —, continuam se comportando como massa de manobra de portais sensacionalistas.

O sensacionalismo histérico de grupos barulhentos atrapalham o avanço do país em vários setores.

Perde o Brasil,

Perde o SUS.

Perde todo mundo.

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22 Comentários

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Neste governo atual não devemos dar brecha para a privatização, por menor que seja. A população está de parabéns em se mobilizar contra mais este ataque a direitos tão caros à sociedade brasileira. Continuemos na luta! continuar lendo

Renê,
A questão central não é "nesse governo", é de saúde pública.
Nessa pandemia ficou escancarado que o SUS está uma sucata, e propor fomento desse "miolo" seria a melhor forma de melhorar o serviço que continua público.
Temos que aprender a diferenciar PPIs e PPPs - planos de concessões - de privatizações.
A maioria das UPAs em Brasília estão sob regime de concessão, e funcionam muito bem, continuando com a natureza jurídica de serviço público.
O maior problema é que vocês têm ranço ao presidente (normal) e boicotam o próprio país com atitudes como essas.
Você está muito, mas muito equivocado!
Respeito total à sua opinião. continuar lendo

Em tempos de governo entregacionista, negacionista, obscurantista e privatista, qualquer virgula fora do lugar vai causar sempre essa reação. Acontece que ninguem faz estudo para nao se fazer o que nao quer, apesar da justificativa se tratar "apenas de um estudo", é obvio que o interesse desse governo é retirar direitos adquiridos, mas somente os direitos do povo. Ja deram uma cartada com a reforma trabalhista, agora na saúde, e por ai vai. Portanto nao é sensacionalismos, se a população nao se manifestar ele faz o desmonte mais rapido. continuar lendo

Mas como o executivo retira direitos adquiridos sem apoio do parlamento e averiguação jurisdicional do judiciário?
Perdoe, mas sua opinião é política e não jurídica.
No Brasil, os poderes harmônicos e independentes entre si vão consolidar a teoria de freios e contrapesos.
No Estado democrático de direito nada é feito e centralizado em um poder, pois seria estado de excessão.
Todavia, você está correto como um cidadão fiscalizador! Questionar tudo e fiscalizar a todos. continuar lendo

👏🏻👏🏻👏🏻 Perfeito! continuar lendo

Obrigado, querida! continuar lendo

Gabriel, não há efeito em explicar algo a quem não quer compreender. Entendi perfeitamente sua explicação sobre a qual, por um acaso, já imaginava se tratar. Obviamente, o Executivo ou como gostam de dizer, o Governo de Bolsonaro, não daria um "tiro no pé" interferindo Cláusulas Pétreas ou em direitos adquiridos. Porém,em tempos de mídia viciadas e parciais, o que reina são fale news e desinformação de pessoas que teimam em acreditar somente no que ouvem e veem nessa mídia empoderecida. continuar lendo