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5 de Maio de 2024

Você se dedicou muito, foi aprovado no exame da Ordem: passou na OAB, e agora?

Publicado por Carina Moura
há 7 anos

Voc se dedicou muito foi aprovado no exame da Ordem passou na OAB e agora

Você se dedicou muito, foi aprovado no exame da Ordem e agora precisa planejar sua carreira. Nunca foi tão desafiador exercer a profissão no Brasil e poucas carreiras exigem tanto aperfeiçoamento contínuo quanto a de advogado. Boa formação jurídica, atualizações constantes e segunda língua fluente não são diferenciais, são pré-requisitos. Possuir metas definidas e planejar a carreira são essenciais para o recém-formado bacharel em Direito. Entre as duas linhas de atuação principais, carreira de advogado e carreira jurídica, existem diversas especializações e cabe ao bacharel dedicar-se de acordo com suas perspectivas e afinidades. O dilema “seguir carreira pública” versus “advogar” deve ser decidido entre prós e contras de cada opção.

Conheça as áreas de atuação

O Bacharel em Direito conta com um grande número de áreas passíveis de atuação, sendo que atualmente algumas estão mais promissoras e outras mais saturadas. Dentre as opções estão: Direito Civil, Penal, Trabalhista, Previdenciário, Tributário, Econômico, do Consumidor, de Propriedade Intelectual, Internacional, Empresarial, Comercial, Ambiental e Administrativo.

Essas áreas são passíveis da atuação tanto para quem opta por carreira jurídica pública quanto para quem opta por ser Advogado.

Carreira Pública: estabilidade e bons salários

Passar em um concurso público é a meta de muitos profissionais formados em Direito. Além da estabilidade do cargo, os salários são atraentes. Porém, os concursos são extremamente concorridos e é necessário muito preparo e dedicação. Existem muitos cargos neste campo de trabalho:

  • Defensor Público: presta assistência jurídica a cidadãos que não têm condições de pagar um advogado, estejam os interessados sob tutela da Defensoria Pública da União ou das Defensorias Estaduais;
  • Advogado Público: trabalha na Advocacia Geral da União, Advocacias Gerais dos Estados ou em Procuradorias Municipais, atuando na defesa de interesses da União, Estados e Municípios, respectivamente;
  • Delegado de Polícia: coordenam e chefiam a função de polícia judiciária da União, além de administrar a questão do estrangeiro no Brasil, efetuar a segurança de autoridades estrangeiras, dentre outras atribuições.
  • Magistrado: definição para Juízes de Direito, Desembargadores ou Ministros. Funcionário investido de autoridade jurisdicional, administrativa ou política que visa a defesa dos interesses dos cidadãos.
  • Promotor ou Procurador de Justiça: membros do Ministério Público, uma das carreiras mais almejadas pelos profissionais e também a mais concorrida nos concursos. Atua na defesa dos interesses da sociedade nos Ministérios Públicos Estaduais e Federal.

Docência: conhecimento e especialização

Os advogados que desejam lecionar em faculdades de Direito necessitam mais do que o título de bacharel. Por isso, esta é uma carreira que merece planejamento. A maioria das instituições exige título de Mestre ou Doutor, além de experiência profissional e aptidão para explorar ferramentas de ensino.

O estudante de Direito que almeja a carreira de professor deve esforçar-se para publicar pesquisas e artigos científicos, fazer participações em palestras, além de desenvolver a oratória. Sair da faculdade com um plano para o Mestrado, tendo feito iniciação científica na Graduação é a forma mais efetiva de ganhar tempo.

Carreira de Advogado: autonomia e reconhecimento

Muitos são os desafios de quem opta por “advogar”, mas os resultados podem ser recompensadores.

Algumas das possibilidades são:

  • Ter escritório próprio: o advogado que decide atuar por conta própria em seu escritório, defendendo interesses dos seus clientes ou prestando assessoria jurídica para empresas privadas, enfrenta o risco da instabilidade que cerca o exercício da profissão de forma independente. O profissional precisa investir em um espaço físico mobiliado e alguma infraestrutura, além de fidelizar clientes, o que vai depender muito de técnicas de marketingpessoal, networking e aperfeiçoamentos. Como benefício o profissional advogado goza de mais liberdade e possibilidade de ganhos acima da carreira pública.
  • Atuar como funcionário de outro escritório: é comum que o advogado inicie a carreira logo após a aprovação no exame da OAB como funcionário de um escritório já consolidado. Neste caso, além de certa estabilidade, o profissional terá oportunidade de obter experiência em diversas áreas de atuação ou, dependendo do porte do escritório, especializar-se em uma área em que haja pouca concorrência.
  • Ser advogado correspondente: atividade com amplo campo de atuação. Consiste na prestação de serviços para advogados ou escritórios localizados em outras cidades. As atribuições do correspondenteenvolvem a obtenção de informações de processos, realização de audiências, oitivas de testemunhas, protocolos, prestação de assessoria jurídica, distribuição de ações, despachos junto a juízes, acompanhamentos de julgamentos, entre outros tipos de diligências. A função é largamente requisitada e pode ser conciliada com outras atividades, possibilitando um aumento considerável de ganhos para o profissional.

Fonte: Amo Direito

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7 Comentários

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Primeiramente, parabéns pelo artigo @carinamouralima .

Nas carreiras públicas eu coloria o "baixo escalão" que são as carreiras de analistas, técnicos e policiais que são bem possíveis e próximas de quem cursa direito. Em verdade, é uma área bem ampla e, talvez por isso, existam tantos bacharéis (na verdade, atribuo isso a outros fatores).

Concordo com alguns colegas que as Graduações falham miseravelmente em mostrar ao acadêmico as possibilidade do curso. Normalmente é uma massa querendo a estabilidade do concurso e uma minoria querendo realmente advogar. Aliás, existe uma grande massa de advogados que não tem vocação para isso e que ficam "quebrando o galho enquanto não passam num concurso".

Até porque as carreiras de "alto escalão" (basicamente as que você elencou no tópico de concursos) exigem uma atuação jurídica mínima.

Já a docência acho que é mais uma vocação e um adendo ao profissional da área jurídica. Como costumam dizer, ser professor é um sacerdócio.

Ademais, a advocacia vive um momento de ajuste. O mercado realmente está inchado, mas acredito que bons profissionais sempre terão espaço. A questão é ter a paciência. O sócio do escritório que faço parte disse algo para mim há um tempo que carrego comigo: "advocacia é igual plantar madeira de lei. Vai demorar anos para ter resultado, mas quando tiver - se tiver paciência para esperar - terá ótimos frutos".

Abraços! continuar lendo

Excelente publicação, eu acredito que essa visão de atuação deve ser obtida desde o primeiro ano de faculdade. continuar lendo

Muito interessante a postagem. simples e direta! continuar lendo

Muito boa colocação Carina! Infelizmente o planejamento de carreira é algo que não se verifica dentro do conteúdo programático das universidades em geral.
Isso acaba gerando uma multidão de bacharéis em Direito, muitas vezes já aprovados no exame da OAB a começarem a descobrir como poderá utilizar aquela carteira de identidade vermelha somente após o fim do curso.
Talvez a informação real a respeito do mercado de trabalho pós-universidade poderia formar melhores advogados, servidores públicos, pois a busca para o aperfeiçoamento da carreira poderia iniciar mesmo dentro da graduação, e não somente após obter o diploma de conclusão.
Recomendo a leitura, principalmente para advogados em início de carreira e estudantes. continuar lendo