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18 de Maio de 2024
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    Acusada de seduzir menor de 14 anos é absolvida

    há 12 anos

    Foi entendido que o menor consentiu e que não ficou demonstrado que a acusada sabia que o ato consistia em crime

    A 20ª Vara Criminal Central da Capital absolveu acusada de seduzir e manter relações sexuais com menor de 14 anos

    Segundo consta dos autos do processo, ela foi denunciada como incursa no artigo 217- A, caput, cc o artigo 71, ambos do Código Penal, porque, no mês de junho de 2010, teve, por duas vezes, conjunção carnal com o menor de idade

    No entendimento do juiz Luiz Rogério Monteiro de Oliveira, a acusada deve ser absolvida em razão de erro sobre a ilicitude do fato (erro de proibição) e ainda da violação ao princípio da individualização da pena Para o magistrado, não ficou demonstrado que ela sabia que ter relações sexuais com menor de 14 anos consistiria em crime

    "É induvidoso que nos dias atuais, salvo raras exceções, não se pode mais afirmar que um jovem de quase quatorze anos de idade, proveniente de família de classe média, estudante e morador da metrópole de São Paulo, possa ser considerado vulnerável no que diz respeito ao conhecimento de sua sexualidade De fato, não são raros os casos em que menores de 14 anos possuem vida sexual ativa e praticam atos sexuais de forma consentida Nessas situações, ainda que se mostre moralmente reprovável a conduta daquele que adere à vontade do menor e com ele pratica ato sexual, como é o caso destes autos, não se mostra justa e razoável a aplicação de sanção tão gravosa como prevista no artigo 217- A do Código Penal", ponderou

    Outro fato que demonstra o consentimento da vítima são as mensagens trocadas entre eles, trazidas como prova aos autos, além do que, segundo o magistrado, a pena para o delito cometido seria desproporcional à conduta praticada, equivalendo-se à do homicídio

    Com base nessas considerações, julgou improcedente a ação penal, com fundamento no artigo 386, incisos III e VI, do Código de Processo Penal, absolvendo sumariamente a acusada As partes não recorreram da decisão

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/acusada-de-seduzir-menor-de-14-anos-e-absolvida/3127487

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    É nítido no julgado a mudança substancial que hodiernamente ocorre no direito brasileiro. A individualização da pena e a Proporcionalidade são princípios a serem observados, ressalvado o tratamento personalíssimo de cada caso. continuar lendo