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5 de Maio de 2024

Banco terá que indenizar cliente que ficou 1h20 na fila

O juiz Carlos Manuel Barros do Souto, do Juizado Especial Cível de Angra dos Reis, condenou o Bradesco a indenizar em R$ 5 mil, por danos morais, uma cliente que não teve o seu direito de atendimento prioritário respeitado. Apesar de estar com o filho de um ano e 10 meses no colo, Cristiane Adriana dos Santos Dias, foi obrigada a sair da fila especial, tendo que esperar uma hora e vinte minutos para pagar uma conta.

A atendente do banco disse à autora da ação que ela não teria direito à prioridade em razão da criança já andar. Na sentença, o juiz classificou a atitude como ilegal, precipitada e desrespeitosa. Segundo ele, houve duplo vício de serviço: o primeiro, no desrespeito à Lei 10.048/2000, que disciplina o atendimento prioritário aos usuários do serviço público, incluindo as instituições financeiras.

A lei no seu artigo 1º faz constar que as pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário.

O segundovício, de acordo com a sentença, diz respeito ao tempo de espera que a autora teve de suportar na fila comum. Ficando caracterizado que o banco violou a legislação municipal e estadual.

A Lei Estadual (nº 4.223/2003) permite, em dias normais, que o cliente espere o tempo máximo de 20 minutos. Já a Lei Municipal (nº 800/98) permite 30 minutos. A primeira cria exceção para os dias anteriores e posteriores a feriados, estendendo o prazo para 30 minutos; ao passo que a segunda fixa prazo excepcional de 45 minutos, para as mesmas hipóteses.

Os danos morais decorreram do duplo constrangimento pelo qual passou a autora. Em primeiro lugar por ter sido questionada por preposto do banco, indevidamente, sobre a sua qualidade de necessitada, tendo ainda sido negado o atendimento prioritário publicamente, ficando ainda com a pecha indevida de aproveitadora. Em segundo lugar, ainda entra em cena outro constrangimento que nasceu de ter a autora de esperar por cerca de 01h20min para ser atendida, com uma criança de um ano e dez meses de idade. Inaceitável!!!, escreveu o juiz Carlos Manuel Barros do Souto.

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A verdade é que somos todos desrrespeitados quando precisamos de atendimentos nas instituições financeiras, dificilmente conseguimos atendimento antes de uma hora de espera, é preciso sim denunciar esse abuso, é importante que outras pessoas reclamem para que os bancos mudem de atitude e contratem mais pessoal para atender a demanda sem desrespeitar o direito dos usuarios. continuar lendo

Triste a situação a qual a autora foi submetida; de "aproveitadora".
Os outros clientes que estavam na fila e, provavelmente, também esperaram mais tempo que o máximo especificado pela lei deveriam ter entrado com uma ação também, afinal também foram prejudicados. continuar lendo