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4 de Maio de 2024

Condomínio popular vira microusina solar no sertão baiano

Projeto piloto apoiado pelo Fundo Socioambiental Caixa gera renda para mil famílias carentes

Publicado por Maria Valdirene
há 10 anos

O sol brilha para todos, mas em Juazeiro, no sertão baiano, a 512 quilômetros de Salvador (BA), ele brilha um pouco mais - acima de 2,8 mil horas por ano. O lugar não poderia ser mais perfeito para a instalação do projeto-piloto que criou a maior usina solar brasileira construída sobre telhados do País.

Parceria entre a Brasil Solair e o Fundo Socioambiental da Caixa, que investiu ali R$ 7 milhões em recursos não reembolsáveis, o projeto de Juazeiro (BA) transformou mil famílias dos condomínios populares vizinhos Morada do Salitre e Praia do Rodeadouro em sócios de um empreendimento que já gerou 1,34 Gigawatt-hora (GWh) de energia solar desde seu início oficial, em março deste ano. É um volume suficiente para alimentar 13,4 mil residências com consumo médio de 100 Kilowatt-hora (kWh).

“O sol brilhou para nós e só tem nos trazido coisa boa. Hoje somos produtores de energia solar”, afirma a dona de casa Gilsa Martins de Oliveira, 55 anos, síndica do condomínio Morada do Salitre, onde a renda das famílias não ultrapassa os três salários mínimos.

“Quanto maior incidência solar, maior geração”, explica o supervisor técnico da Solair, Ricardo Zanirato. Segundo o Átlas Solarimétrico brasileiro, a radiação solar diária no Vale do São Francisco, onde está Juazeiro, é comparável à das regiões mais ensolaradas no mundo - como Dongola, no Sudão, e Dagget, no Deserto de Mojave, na Califórnia.

A microusina de Juazeiro tem potencial de produzir 2,2 Mega Watts (MW), o suficiente para abastecer 3,6 mil domicílios em um ano. Os 1.944 painéis fotovoltaicos instalados nos telhados dos prédios com quatro ou seis apartamentos ocupam uma área equivalente a dois campos de futebol. O sistema também inclui inversores, que transformam a corrente contínua em alternada, utilizada nas casas em geral, e injetam a energia na rede da concessionária. No atual ritmo de faturamento, o investimento se pagará em sete anos, estima a empresa.

A Brasil Solair criou o projeto, treinou mão de obra local e supervisionou a implantação do sistema, conectado à rede da Coelba (distribuidora local) e regulamentado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A empresa tem contrato com os condomínios para comercializar a energia gerada no mercado livre, com preços aquecidos atualmente.

De acordo com a empresa, o projeto rendeu mais de R$ 830 mil até o dia 1º de outubro. Dados como este e os de produção estão disponíveis por meio de medidor de energia online que pode ser acessado pelas famílias residentes no condomínio.

De cada R$ 100 de receita da microusina, R$ 60 vão parar diretamente no bolso dos moradores do Salitre e do Rodedouro. Outros R$ 30 vão para um fundo destinado a investimentos para melhorias e benefícios do uso comum, de preferência atividades geradoras de renda, e outros R$ 10 bancam a manutenção das placas fotovoltaicas e da estrutura.

No futuro, a Caixa estuda comprar a energia produzida no volume correspondente ao consumo anual do seu prédio central em Salvador, ocupado por uma agência e pelos escritórios da Superintendência Regional.

Longe de ser uma tendência, a energia solar já é uma realidade no país. O Plano Decenal de Expansão de Energia 2013-2022 incluiu a energia solar na matriz energética brasileira este ano. Segundo o Plano, a projeção é que a capacidade instalada de energia solar chegue a 3,5 mil MW em 2023, o que corresponderá a 1,8% do total. O primeiro leilão exclusivo para energia solar deve ser realizado em 31 de outubro, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Fonte:Caixa Econômica Federal

Por Portal Brasil

Disponível em: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/10/condomínio-popular-vira-microusina-solar-no-sertao-baiano

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