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6 de Maio de 2024

Economist: Justiça no Brasil é estranha e Moro endossa isso

Publicado por Rebeca Lima
há 8 anos

Em reportagem sobre a corrupção no Brasil, a revista britânica The Economist diz que o sistema de justiça criminal brasileiro é antiquado e estranho, assim como a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.

A revista diz que, apesar dos brasileiros enxergarem Moro como um herói, devido ao modo como ele tem conduzido as ações da Operação Lava Jato, o método de aprisionar suspeitos antes de irem a julgamento aponta para uma falha na cultura legislativa do país.

“A prisão preventiva não deve ser usada para amedrontar os suspeitos a colaborarem com as investigações”, afirma o texto. “A maioria dos países só utilizam a detenção pré-julgamento como último recurso”.

A publicação ainda contesta o encarceramento em massa do Brasil, já que, segundo a revista, dois quintos dos mais de 600 mil presidiários ainda aguardam parecer judicial. “O código penal brasileiro fica para trás em muitos aspectos se comparado às normas internacionais”.

Como exemplo, a Economist destaca que uma série de suspeitos, presos por ordem de Moro na Operação Lava Jato, foram colocados em liberadade pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pois o parecer de prisão apontava motivos genéricos e abstratos.

“Se o Sr. Moro age com tamanha independência para julgar os casos, é porque a lei brasileira confere esse tipo de poder incomum aos juízes”, afirma a publicação inglesa.

Economist Justia no Brasil estranha e Moro endossa isso

Fonte: Exame. Abril. Com. Br

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/economist-justica-no-brasil-e-estranha-e-moro-endossa-isso/266237005

45 Comentários

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Eles (da revista) não conhecem a velocidade da justiça brasileira. Até se esgotarem todos os recursos levasse um bom tempo. Ao menos o Moro fez com que eles sentissem o "gosto" de uma cadeia. continuar lendo

Além disso, The Economist não sabe que muitas das celebridades que povoam as páginas policiais estavam respondendo ao processo em liberdade ou em prisão domiciliar, a exemplo de Renato Duque e José Dirceu. Eles, contudo, criaram embaraços às investigações. Duque, porque tentou movimentar recursos que estavam prestes a ser bloqueados pela Justiça e Dirceu, porque, mesmo em prisão domiciliar, continuava a receber propina. Delcídio do Amaral, Senador da República, está atrás das grades porque tentou obstruir as investigações oferecendo um plano de fuga a Nestor Cerveró, ex-Diretor da Petrobras, o qual se preparava para delação premiada sobre as falcatruas na compra da refinaria de Pasadena. Enfim, essas figuras experimentam o gosto amargo do cárcere não porque Moro queira forçá-los a "abrir o bico", mas porque as investigações da operação lava-jato precisam seguir em frente sem interferência dos principais interessados em boicotá-la. É preciso esclarecer isso ao conceituado jornal inglês. continuar lendo

E quem disse que não é o ultimo recurso?
Vem primeiro viver a realidade brasileira e depois, vamos ouvi-los. continuar lendo

É fácil criticar diante da realidade deles, que não tem nada a ver com a nossa... venham viver aqui pra ver e sentir na pelé o que o povo está passando com esses políticos...vão ver que é pouco o que está sendo feito. continuar lendo

é morosa de mais .A quantidade de processos é imensa,o tempo para julgamento é longo as possibilidades são grandes de o individuo escapar num harbeas corpus as lacunas então nem se fala,só o código penal foi reformulado 125 vezes e ainda sim nos encontramos na situação em que esta muito se fala e pouco se faz . continuar lendo