Quem não bebe não ganha dinheiro e não sobe na carreira, diz NYT
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Antes de transcrever a notícia, um questionamento: por qual razão idolatramos o álcool, que faz tanto mal à saúde, incentivando o consumo (cada vez mais jovem), mas demonizamos outras drogas e queremos manter a criminalização do uso?
Fabricantes de bebidas alcoólicas, pelo raciocínio de muitos, deveriam estar presos, pois acabam com a vida de milhões de pessoas.
Mas, ao que tudo indica, beber me levará a ter um bom emprego e a ser rico. Pensei que isso me levaria ao alcoolismo...
Segue a notícia:
Beber é essencial para ter uma carreira profissional promissora e, consequentemente, ganhar dinheiro. A afirmação é do jornal mais influente do mundo, o The New York Times, que, em reportagem publicada, afirma que quem não bebe álcool é visto com desconfiança e dificilmente consegue fechar um bom negócio.
Dizendo até que a cerveja é um dos ingredientes importantes de Obama na corrida à releeição nos EUA, a reportagem afirma que “as pesquisas apoiam a ideia de que os que não bebem têm dificuldades para subir na hierarquia corporativa. Vários estudos demonstraram que as pessoas que bebem ganham mais dinheiro do que as que não bebem.”
“Esperam que você beba, e beber é parte do que você faz; as pessoas ficam meio sérias se você disser que não bebe”, disse Link Christin, diretor de um programa de tratamento especial para advogados que faz parte de um centro de recuperação contra álcool e drogas que fica no estado de Minnesota. “Se disser que não bebe, você tem que lidar com a suspeita de que não sabe jogar.”
Segundo John Crepsac, um terapeuta de Nova York, em Wall Street, os investidores que não bebem “queixam-se de que não conseguem fechar negócios, não conseguem mesmo entrar nas negociações iniciais porque não entram no comportamento de beber.”
Foto: Andrew Scrivani for The New York Times
Fonte: Estadão
56 Comentários
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Deu sede. Vou tomar uma ali. continuar lendo
Uma velha comparação que a meu ver, Pedro, não leva a nada.
Nem álcool, nem drogas - isso sim o ideal!
Mas talvez a humanidade esteja precisando decidir sobre seu destino e sobre o que cada um quer para si.
Na verdade ninguém tem que ser o tempo todo responsável pela atitude alheia.
Se quer colher frutos, não plante erva-daninha, isso me parece bem básico.
Mas a cada dia que vivo, aprendo. Minha opção já fiz e que cada um tenha direito à sua própria opinião.
Um brinde a isso! continuar lendo
Como não leva a nada, José?
É algo óbvio, estimulamos o consumo de álcool, é inegável.
Em minha família tenho casos de alcoólatras, mas não de "drogados", os quais não acham que é possível comparar uma coisa com a outra.
Mas são exatamente iguais. Matam do mesmo jeito. Acabam com vidas.
Só que ninguém pensa em criminalizar o consumo de álcool. É algo inimaginável.
Um grande abraço! continuar lendo
Não leva a nada, Pedro, porque o álcool é um mal enraizado e quase faz parte do cotidiano das pessoas.
As drogas ainda nem tanto, talvez um dia sejam.
Sim, estimulamos o consumo de álcool. Usamos e nos achamos acima do bem e do mal, como se droga fosse só aquilo que o outro consumisse.
Não leva a nada porque as respostas já estarão prontas para serem lançadas ladeira abaixo. E serão tantas e serão muitas.
Ontem o homem realizado e inteligente fumava nos ambientes requintados, áridos ou místicos e era herói. Hoje, morre de câncer nos corredores dos hospitais lotados.
Hoje, os "espertos" são aqueles que sabem escolher a melhor cerveja, a 2 graus centígrados? Seria essa a melhor temperatura para o prazer?
Amanhã poderão ser encontrados com a cabeça pregada em algum poste nas margens de uma avenida qualquer.
Amanhã, como serão os heróis das drogas?
Não leva a nada porque não estamos falando de caminhos, mas de desvios da estrada.
Não vão criminalizar o álcool e as drogas serão, aos poucos liberadas.
É o que teremos, você tem alguma dúvida? continuar lendo
Concordo!
Penso que é mais uma questão de conscientização do que de criminalização.
Um exemplo claro disso é o cigarro. Bastou parar as campanhas pró cigarro e começar a conscientização do mal que faz que as pessoas pararam de fumar, ou sequer começaram.
Eu mesmo sou um ex-fumante que, ao começar a fumar, não teve "informações" suficientes do quanto aquilo era prejudicial, vindo a descobrir apenas depois de estar viciado na nicotina.
Com as drogas, penso que é igual.
A minha luta é pela descriminalização e não pelo incentivo ao uso.
O Direito Penal tem mais coisa para fazer do que ser "babá" de quem quer usar drogas.
Mas, se ao invés de criminalizar, proibir, passássemos a ensinar nossos filhos sobre os malefícios.
A "droga" é um tabu e, muitas vezes, sequer é comentada dentro de casa, "pois é coisa do demônio". Mas se não falamos sobre ela em casa, os "amiguinhos" falam e a elogiam, te convencendo de que não faz mal.
Novamente repito, não acho que a criminalização é a solução, mas a conscientização, a educação.
O que não acontece com o álcool, que tem diversas propagandas na TV, no esporte, dentro de casa.
Quantas crianças presenciam os pais embriagados dentro de casa?! Eu mesmo cresci em bares, com festas regadas à álcool,.... continuar lendo
É exatamente isso Pedro.
Resumiu com propriedade. continuar lendo
Revela-se curioso e até estranho o fato da ANVISA não proibir outras drogas, como o álcool e o tabaco, pois, de acordo com pesquisas recentes, ficou provado que o álcool e o cigarro são mais prejudiciais à saúde humana do que a maconha.
De acordo com a pesquisa realizada pelo Jornal inglês "The Lancet Medical Journal", o ranking das drogas de acordo com os danos causados é o seguinte;
1-) Heroína;
2-) Cocaína;
3-) Barbitúrico;
4-) Metadona;
5-) Álcool;
6-) Ketamina;
7-) Benzodiazepínico;
8-) Anfetamina;
9-) Tabaco;
10-) Buprenorfina;
11-) Maconha.
Fonte: Revista Domínios - XV - 162 - Nov/Dez. 11 - página 36."
http://revistadominios.com.br/index.php/edicoes/detalhes/8/revista-162 continuar lendo
Seria uma forma "quase científica" de dizer que "nunca fiz amigo bebendo leite"? rsrsrsrs...interessante essa tese! continuar lendo
É uma questão muito complexa, Marcos.
Para a sociedade, beber é sinônimo de status (desde que não seja "cachaceiro", "pinguço", ..., pois isso é coisa de pobre bêbado), basta ver as novelas, filmes, propagandas,..., nas quais pessoas "de sucesso" tomam o seu uísque após o trabalho, ou um chopp pra relaxar.
Mas fala que vai fumar maconha pra ver a enxurrada de críticas.
Não se trata de defender o uso, mas de ser coerente com o discurso relacionado às drogas no geral. continuar lendo
Então Pedro, claro que é uma questão bem mais ampla, em verdade foi apenas uma piada por que pensei nessa frase batida que citei quando li a matéria. E salvo engano, a sua citação de analogia de outras drogas está fora de contexto, nem a matéria, muito menos a minha pessoa colocou a questão da coerência entre a liberação de um droga x e não de outra y. continuar lendo
Não fiz uma crítica ao seu comentário, Marcos, tampouco afirmei que o texto fazia essa comparação.
Apenas critiquei como é possível falar que quem bebe ganha mais, em uma clara apologia ao consumo de álcool, mas criticamos o uso de outras substâncias que fazem tão mal quanto. continuar lendo
Entendi perfeitamente sua colocação, e acho justa a indagação de que maconha, por exemplo, é socialmente vista como "droga" e o álcool não. Apenas disse que estava fora de contexto, o que de fato estava. Ademais Pedro, é meramente uma matéria, dando conta de uma nuance social. Não tem validade científica nenhuma, até mesmo por não se basear em dados, estudos e estatísticas fidedignas, apenas em informações fornecidas por seres humanos. Uma última questão: "criticamos o uso de outras substâncias...". Criticamos? Quem? Por que da forma como você coloca me parece estar falando da sociedade, sociedade esta que claramente não te representa, dado o caráter moderno e liberal das suas colocações que já acompanho faz um certo tempo. continuar lendo
Mas eu, mesmo não concordando, faço parte da sociedade que discrimina o uso de drogas. Por isso me incluí no "criticamos".
Claro que não é nada científico, tampouco comprovado por dados.
Reproduzi a notícia justamente para mostrar como somos (lá vou eu me incluindo de novo, rs) contraditórios em nossos argumentos.
Pais incentivam filhos a beber, como sinônimo de "macheza"; o NYT pública uma notícia falando que quem bebe ganha mais; os jogos de futebol (tão amados pela garotada) são patrocinados e encharcados de álcool.
É isso que me deixa "doido". Somos liberais para uma coisa e somos totalmente conservadores para outras coisas quase idênticas.
E mais, nem falo só da maconha, falo das drogas em geral. A maconha ganha destaque, "pois seria menos danosa".
Como falei com o José, no comentário acima, não acho correto e saudável o uso de qualquer droga que seja (lícita ou ilícita), pois podem causar danos sérios em quem a consome.
Mas não podemos aplaudir quem enche a cara de cerveja, chegando a perder os sentidos, e crucificar quem não bebe, mas faz uso "recreativo" de outras drogas.
Afinal, qual a diferença de quem bebe para relaxar e quem usa droga para esse mesmo fim? O problema está na droga ou no ser humano?
Para terminar, geralmente faço textos ou reproduzo notícias justamente com o objetivo de levantar debates e questionamentos. Quase nunca vou afirmar algo ou impor um posicionamento. Até porque não sou o dono da razão.
Gosto muito desse espaço justamente por essa possibilidade de interação entre pessoas que provavelmente não teriam essa oportunidade.
Um grande abraço! continuar lendo
Ato falho meu então Pedro, realmente pelo teor dos seus textos te coloquei no rol das pessoas que pensam que as liberdades individuais devem ser respeitadas acima de tudo, desde que não firam terceiros. Concordo com o erro que você vislumbra em se caracterizar álcool como uma espécie de terapia de relaxamento, ao passo que a maconha possui o condão de ser DROGA.
Só faço um adendo, você disse ser contrário à qualquer tipo de droga, seja lícita ou não, pelo dano que pode gerar ao ser humano, dano este que, de fato, existe. Porém, você se diz espírita, o que te coloca no rol dos que seguem algum tipo de "religião" (não adentremos a questão se espiritismo é religião, doutrina ou filosofia, que é mais ampla é não é o escopo do presente), e religião, ou crença numa divindade, é uma das maiores causas de mortes historicamente falando, o que não te impede de seguir dentro da sua crença. Então penso que o problema não é a religião, a droga ou a arma, mas sim o ser humano que se utiliza destas de forma a prejudicar terceiros.
É isso, continue fomentando o debate, assim é que evoluímos.
Forte Abraço continuar lendo
Lógico!
O problema está no ser humano.
Uma vez ouvi de uma pessoa que não é a droga que vicia, mas você que vicia na droga. Já o motivo pelo qual a pessoa viciou, essa já é uma outra questão.
Os danos que mencionei do consumo de drogas, nem se referem aos danos sociais, familiares ou de terceiros, mas os danos pessoais (físicos) em quem consome droga.
Só que isso é um direito da pessoa, assim como o suicídio. É ela que decide se quer ou não se drogar.
Assim como a religião.
Quanto sangue foi derramado em prol de "Deus"? Mas foi em "Deus" ou por ganância pessoal?
Mas onde está "escrito" que temos que conquistar algo por "Deus"?
No tocante ao espiritismo, apesar de não ser o cerne do assunto, não considero ser religião, pois não tem dogmas. Não há imposição do que é "certo" e "errado", nem "céu" ou "inferno".
Apenas há o ensinamento de que sofremos as consequências dos nossos atos, ou seja, colhemos o que plantamos. continuar lendo
A questão é que o álcool teve um importante papel cultural e social na historia da humanidade pelo simples fato de que, o seu efeito no cérebro deixa as pessoas mais suscetíveis a espontaneidade. Isso ocorre por que o álcool substitui a função do açucar na produção de energia no corpo porem produz menos energia e deixa o cerebro mais "leve" ou "lento". Basicamente tudo o que fazemos é como se estivessemos fazendo pela primeira vez.
Dessa forma, trabalhadores cansados a milhares de anos se reuniam para emborcar um caneco de cerveja, ou vinho, ou hidromel... Isso unia as pessoas e ninguem nunca achou que isso era algo ruim. Até que começou a virar algo ruim. O mesmo se da com as drogas ilicitas (que a meu ver é um grande ato de hipocrisia legalizar o álcool e não a maconha visto que AMBOS fazem muito mal) continuar lendo