Justiça autoriza transfusão de sangue em recém-nascido de família Testemunha de Jeová
Bebê está internado na Santa Casa de Rio Preto (SP) com hemorragia no estômago e quadro grave de anemia.
A Justiça de São José do Rio Preto (SP) autorizou na terça-feira (24) a Santa Casa a fazer transfusão de sangue em um recém-nascido que está internado no hospital. Os pais seguem a religião Testemunha de Jeová e tinham negado o procedimento.
Segundo a Santa Casa, o menino tinha hemorragia no estômago e quadro grave de anemia. Os pais não foram localizados pelo G1 para falar sobre o assunto.
A mãe chegou até a redigir uma carta dizendo que tinha sido orientada pela equipe médica sobre a gravidade do quadro de saúde do bebê e que estava ciente de que ele poderia morrer se não fosse feita a transfusão. "Mesmo assim, sabendo de todos os riscos e gravidade, não autorizo as transfusões", escreveu a mãe.
Diante da negativa, a Santa Casa entrou com um pedido de tutela antecipada alegando que a criança poderia morrer se não fizesse o procedimento.
Trecho da decisão que garantiu à Santa Casa de Rio Preto o direito de fazer transfusão de sangue em um bebê de família Testemunha de Jeová (Foto: Reprodução)
O juiz acatou o pedido, destacando que a demora natural dos trâmites do processo poderia trazer dano irreversível ou de difícil reparação para o bebê
"Preservada a garantia constitucional do direito à crença e culto religioso, o direito à vida é de ser tutelado em primeiro lugar pelo Estado, dada ordem de grandeza que envolve um e outro direito, evidenciando a presença do fumus boni juris", afirma o juiz.
O hospital informou que o procedimento foi realizado e o estado de saúde do bebê, que tem 11 dias de vida, é estável.
https://g1.globo.com/sp/são-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/justiça-autoriza-transfusao-de-sangu...
1 Comentário
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Nota-se que deram prioridade aos "tratamentos alternativos" às transfusões, que embora recebam o nome de "alternativos" são inegavelmente mais eficientes e seguros. Como não surtiram o efeito desejado, partiram para as transfusões sanguíneas, ao que parece, apenas para esgotar todas as possibilidades e poder dizer que fizeram de tudo para salvar a vida do recém nascido, pois em outra reportagem, no mesmo site dizem: "Nós não podemos deixar o pior acontecer também para que não respondamos sobre uma possível morte”.
Bem, e os casos em que, após realizada uma transfusão o paciente sofre reações de rejeição? Ou quando se contrai uma hepatite? Isso quando não há erro medico ao se administrar um tipo sanguíneo errado... Bem, fizeram tudo o que podiam. continuar lendo