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30 de Abril de 2024

R$ 800 mil: auxiliar de produção processa Globo e Maju Coutinho

bit.ly/34XkQaE | Auxiliar de produção desempregado, Kaíque Batista está processando a Rede Globo e a jornalista Maria Júlia Coutinho, conhecida como Maju , por danos morais.

Em março deste ano, ele foi absolvido do crime de racismo por falta de provas contra a apresentadora do "Jornal Hoje". O processo corre desde 2015. Na época, Kaíque acabou sendo levado por policiais militares e funcionários do Ministério Público de São Paulo para prestar depoimento ao Fórum Criminal da Barra Funda e teve o seu computador apreendido. Primeiro como suspeito e depois denunciado por falsidade ideológica, injúria, corrupção de menores na internet e associação criminosa na internet. O rapaz conseguiu responder em liberdade.

"A minha vida mudou. Eu tinha emprego há quatro anos, tinha uma casa e tinha a minha dignidade. Perdi tudo mesmo falando que era inocente e não tendo uma prova concreta contra mim. A única coisa que me envolvia na postagem de racismo foram os comentários de duas pessoas que diziam: 'O Kaíque que nos mandou vir aqui'. Eu não publiquei nada! Fui julgado, hostilizado e acusado em todas as mídias. Agora que eu fui inocentando, ninguém me procurou", desabafa.

Kaíque pede R$ 800 mil de indenização por danos morais. "Até hoje eu sou apontado nas ruas. Adquiri síndrome do pânico e depressão. Acabaram com a minha vida e eu quero Justiça", explica a coluna.

Angelo Carbone é o advogado que defende Kaíque Batista no processo e está otimista com relação a uma vitória na Justiça. "O juiz já ordenou a citação dos réus, mas ainda não foi realizada. É um processo só, mas eu coloco os dois, a emissora e a jornalista, na ação porque houve a tentativa de incriminar um inocente. Ele conhecia as pessoas, mas não fez nada e, na verdade, ele que teria que ter praticado o ato racial, a intenção, o dolo, para ser acusado e não foi o que aconteceu. Destruíram a vida do rapaz e é justo que o Kaíque seja reparado", afirma Carbone com exclusividade à coluna.

Procurada, a comunicação da Globo respondeu: "Não nos manifestamos sobre assuntos sub judice". Nas redes sociais, Maju também não falou sobre o tema.

Por iG Gente, Fabia Oliveira

Fonte: gente.ig.com.br

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Qualquer pessoa, seja jornalista ou não, tem que ter certeza, antes de fazer um comentário na imprensa escrita ou falada (TV). Estamos vivendo um momento em que tudo que se fala ou se aponta, tem que provar, senão poderá responder por "calunia, difamação e injuria" são figuras previstas no Código Penal Brasileiro nos artigos 138, 139 e 140. Se o ofendido provar a inocência ou seja, provar que não é ou não fez algo definido como crime, tem o direito a ser indenizado por quem o difamou, seja jornalista ou não (qualquer pessoa). Essa é uma regra geral de direito. Por isso que o advogado do jovem Dr. Angelo Carbona, menciona que está otimista e espera a vitoria judicial. Está corretíssimo na sua afirmação. O valor pedido deverá ser objeto de avaliação judicial e o "quantum" indenizatório será auferida em sentença de mérito da causa. continuar lendo

Que a justiça seja feita. continuar lendo

No meu entender, apenas não houve o acompanhamento dos tramites processuais pela Maju e a Emissora, porém não estão obrigados. Repórteres, noticiam os fatos. continuar lendo