Advogado aponta erros de juiz em decisão e sugere música no Fantástico
O advogado recebeu o selo de "petição ruim" por um juiz, que mandou oficiar à OAB pelos deslizes no português. Em embargos, o advogado rebate e também aponta "falhas sentenciais" por parte do magistrado.
A novela da "petição ruim", apontada por um juiz de SP a um advogado, ganhou novo capítulo em embargos de declaração: o causídico tachado de escrever uma peça nada inteligível rebateu o magistrado ironizando-o de "falhas sentenciais". Em razão da quantidade de deslizes supostamente cometidos pelo juiz, o advogado sugeriu pedir a famosa "música no Fantástico".
Advogado aponta erros de juiz em decisão e sugere música no Fantástico (Imagem: Reprodução.)
Motivos de saúde
Inicialmente, o advogado justifica a petição ruim: ele diz que seu token é utilizado por outras pessoas e que a peça não foi escrita por ele. Nos embargos, o causídico esclarece que não teve a oportunidade de revisá-la, "pois este estava afastado de suas atividades por problemas de saúde".
"Música no Fantástico"
A ação envolve uma viagem que não foi realizada em razão da pandemia. O autor processou uma empresa aérea para que procedesse à remarcação de passagem. Naquela decisão, o juiz havia observado que a cia aérea já tinha reembolsado os passageiros, não havendo como falar em remarcação.
Nos embargos, então, o advogado vai apontando "falhas sentenciais" do magistrado ao longo do documento jurídico. O causídico diz que o magistrado deixou de observar alguns documentos com relação aos valores creditados das passagens. Quando o advogado aponta a suposta terceira falha, ele diz o seguinte:
"diante de mais uma falha sentencial, a terceira até aqui, onde popularmente se diria que este Juízo já está habilitado a 'pedir música no programa Fantástico', o pleito se fez sobre a remarcação do vôo, pois o intento dos Requerentes se atina a viagem em si..."
Vixi
Chegando ao final do documento, o advogado ainda corrige o magistrado por um erro cometido na sentença. Na decisão, consta "fundamento jurídica do pedido". O causídico se aproveita dessa falha de digitação para alertar o magistrado:
"Assim como Vossa Excelência, o presente patrono, ainda que passível de falhas, também busca observar as regras gramaticais, sendo assim, da mesma forma que entendeu a Vossa observação sentencial como um cuidado com a mesma, segue sugestão de ajuste quanto a vossa gramática colhida da Sentença proferida, conforme trecho recortado abaixo."
Depois dessa troca de farpas gramaticais e ortográficas, advogado pede que seus embargos sejam acolhidos.
Relembre o caso:
"Petição ruim": Juiz reclama de escrita de advogado e encaminha caso para OAB
(Fonte: Migalhas)
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7 Comentários
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O que me é bizarro é que se a petição estava ruim a pior coisa do mundo, não seria melhor o magistrado conversar com o advogado pra saber se houve algum equivoco ao invés de jogar em público para causar vexame? continuar lendo
Boa Tarde
Logo de início relato, veja sua sujeira para depois falar da sujeira de outras pessoas. Na realidade, quem deveria dar exemplo - não dá. Assim, torna-se evidente, o abuso de poder. continuar lendo
Quem deveria exemplo? Por que o Juiz deveria dar exemplo? Na visão popular leiga, há uma hierarquia entre juízes e advogados... na verdade, o Juiz está no mesmo patamar do advogado. O advogado tem o dever, tanto quanto o Juiz, de dar exemplo. Tal dever não é maior a um e menor a outro. continuar lendo
Advogado declarando que não elaborou a peça e tampouco revisou-a por motivos de saúde, reconhecendo que forneceu token a terceiros para a assinatura. Me parece que o colega cometeu alguns deslizes graves. É difícil se conformar com a prática de "empréstimo" do nome, mesmo que seja dentro do próprio escritório de advocacia. Coisas infelizes do dia a dia que vão desmoralizando a advocacia. continuar lendo
Com a devida vênia, mas, no lugar do colega, você perderia o prazo para depois tentar justificar que estava com problemas de saúde?
A própria OAB libera certificados adicionais em nuvem para uso em escritório com muitos funcionários, digo pois trabalho em escritório de massa, onde é impossível um único advogado elaborar ou validar todas as petições.
Desde que você não preste um desserviço ao seu cliente e defenda seus interesses, não vejo problema em delegar atividades administrativas como a elaboração de algumas petições, claro que, para isso, o advogado deveria montar uma equipe de pessoas qualificadas e de confiança, talvez ele possa ter errado na escolha da pessoa que redigiu a petitório, mas não em "emprestar" o nome. continuar lendo
Juiz abuso de seu poder, ao causar situação em que poderia agir com prudência e bom censo! continuar lendo