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4 de Maio de 2024

Comissão inocenta juíza no caso de advogada presa durante audiência

Publicado por Enviar Soluções
há 6 anos



São Paulo — A comissão judiciária do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) inocentou de qualquer prática abusiva a juíza leiga Ethel Tavares, que teria chamado a PM para algemar a advogada Valéria dos Santos, no dia 10 de setembro, no Rio.

Segundo concluiu a investigação, a advogada se “jogou no chão” e se “debatia” quando foi algemada para sua proteção até a chegada do representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que a acalmou. A decisão foi do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto.

O caso aconteceu no Juizado Especial Cível de Duque de Caixas e teve repercussão nacional. Três vídeos que circularam pelas redes sociais no dia do acontecimento mostravam Valéria algemada, após ter questionado a decisão da juíza de encerrar uma audiência.

A prisão da advogada, mulher e negra, desencadeou apoio de defensores das causas raciais e dos direitos das mulheres. Na ocasião, a OAB do Rio de Janeiro exigiu o imediato afastamento da juíza e punição para ela e para os policiais envolvidos.

No processo, foram analisados os vídeos compartilhados, além das imagens de câmeras de segurança do fórum. Também fizeram parte do inquérito, depoimentos da advogada, a juíza leiga, advogados, servidores, estagiários e policias militares.

De acordo com a decisão, Valéria não estava na procuração e não portava documento que a identificasse como advogada. Por isso, o processo afirma, não teria sido adequado exigir vista da resposta do demandado no processo, assim como a reabertura de uma audiência já encerrada.

“Somente com a passagem para a fase instrutória, que não ocorreu pela ausência de documento e por sua saída extemporânea da sala, é que se faria a vista da resposta do demandado”, explicou o desembargador.

Ainda de acordo com a investigação, encerrada a audiência, a advogada deixou a sala e, depois retornou exigindo, em tom alterado, ver a contestação.

Segundo concluiu o inquérito, não houve qualquer questão racial no ocorrido, assim como não existiu nenhuma ordem de prisão da advogada.

Explicação

Valéria explicou que, no dia da audiência, ela questionou a juíza por que não havia acordo. “Era um dia normal de audiência, a causa era sobre uma cobrança indevida. Como não houve acordo, eu teria que ver a contestação da ré, algo simples. A juíza negou esse pedido, então saí em busca de um delegado de prerrogativas da OAB”, afirmou à Agência Brasil.

No retorno, a advogada disse que se deparou com a audiência encerrada. “Por isso, minha resistência para não sair da sala, para que o delegado visse as violações que estavam ocorrendo. É meu direito como advogada impugnar documentos. A juíza chamou a força policial, e me mantive na resistência, nas prerrogativas profissionais”, concluiu.

(Foto meramente ilustrativa, reprodução da internet)

(Fonte: Exame)

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6 Comentários

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Aí você vê: se todo esse "protecionismo" do império judicial é delegado a uma juíza leiga, imagine àqueles que são concursados.
O advogado enfrenta, mais do que as dificuldades inerentes à sua profissão, com grande número de profissionais e consequente desvalorização pelo aviltamento de honorários, também enfrenta um verdadeiro sistema em que, por muitas vezes, "o poder do cargo" de um componente do Judiciário se sobrepõe às prerrogativas do advogado.
Ao meu ver, o impedimento da advogada de analisar a peça de defesa ainda foi injusta, pois poderia muito bem ter sido deferido prazo para juntada de procuração aos autos. Além disso, a juíza leiga em questão, se não deu voz de prisão, quedou-se inerte diante a prisão da advogada, quando tinha comando para reprimir esse abuso à sua colega de profissão. continuar lendo

O fato de não constar em procuração não isenta da responsabilidade do uso de algemas em contrariedade à súmula vinculante nº 11 do STF e o desrespeito à prerrogativa da advogada em não ser presa, salvo nas hipóteses legais. continuar lendo

Rumo ao absoluto autoritarismo. Muito triste e desonroso para todo país. O que fará OAB? continuar lendo

Ouça, lá pelos 1:39, quem tenta se fazer de vítima alegando ser negra.
Sendo dada por encerrada a audiência, sem que tenha havido conciliação, o que mais queria?
Para não ficar atrasando os trabalhos, poderia, perfeitamente ter se retirado da sala de audiências, sem tumultos. continuar lendo

Ela poderia ter ficado o dia inteiro na sala, pois tem prerrogativa para tanto. Ademais, ela não saiu pois queria impugnar a contestação, o que é permitido no JEC. continuar lendo

Está configurado o crime de racismo. Agora, a advogada se quiser, pode denunciar o ocorrido. Duvido, se fosse um advogado ou uma advogada, que não fossem negros, pedisse para fazer vista do processo e contestar pontos, se seriam tratados como Valéria foi. Isso tem nome, chama-se RACISMO. continuar lendo