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6 de Maio de 2024

Crime virtual: Revenge Porn e a sábia atitude do Google. A vitória das vítimas do pornô de vingança

Publicado por Fátima Burégio
há 9 anos

O Google declarou nesta sexta-feira (19) que pensa em tomar medidas para remover dos seus resultados de busca do "pornô de vingança" ou imagens sexuais explícitas de pessoas que não tenham autorizado a sua publicação.

A gigante da Internet acrescentou ainda que está criando um formulário online para permitir que as vítimas solicitem a supressão deste tipo de conteúdo do buscador.

"Temos ouvido muitos casos preocupantes de 'pornografia vingança': quando um ex-parceiro visa humilhar publicamente uma pessoa e compartilha imagens privadas dela, ou quando hackers roubam e distribuem imagens das contas das vítimas", afirmou o vice-presidente de pesquisa do Google, Amit Singhal, no blog da empresa.

"Algumas imagens chegam até mesmo a parar em sites de 'sextorsion', que cobram dinheiro para as pessoas que querem remover imagens da Internet. A nossa filosofia sempre foi de que (os resultados) de pesquisa devem sempre refletir toda a web. Mas as imagens de pornografia de vingança são altamente pessoais e emocionalmente prejudiciais, e só servem para degradar suas vítimas - que são principalmente mulheres".

Singhal prometeu que o Google "respeitará as ordens de quem solicitarem a supressão dos resultados dessas pesquisas ou imagens sexualmente explícitas nuas que foram compartilhadas sem consentimento".

O vice-presidente do Google disse que é "uma regra estreita e limitada, similar a como tratamos os pedidos de remoção de outros tipos de informações pessoais altamente sensíveis, tais como números de contas bancárias e assinaturas", que podem aparecer nos resultados pesquisa.

"Sabemos que isso não vai resolver o problema da pornografia - não somos capazes, claro, de suprimir estas imagens dos sites da internet onde elas se encontram - mas esperamos ajudar a responder aos pedidos de pessoas que querem remover tais imagens dos nossos resultados de pesquisa".

Twitter implementou medidas semelhantes no ano passado, proibindo "fotos íntimas ou vídeos filmados que tenham sido filmados ou transmitidos sem o consentimento do sujeito".

O agregador de notícias Reddit também tomou medidas para impedir a publicação de imagens de caráter explícito sem o consentimento das pessoas listadas lá, depois de ter sido criticado por permitir a propagação de fotos nuas hackeadas de estrelas de Hollywood.

O Google faz parte de uma disputa legal na Europa, em um caso semelhante. Um painel da União Europeia condenou a empresa a cumprir os pedidos de indivíduos para excluir links desatualizados ou incorretos sobre eles nos sites de busca.

Por JC online

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Hoje em dia talvez o WhatsApp represente mais ameaça de propagação do que o próprio Google.

Há ainda outros meios de propagação como redes P2P, Deep Web, etc.

Vejo o esforço do Google como uma forma de atender a um apelo das pessoas prejudicas, mas sobretudo como uma forma de proteção jurídica para si baseada no Marco Civil, porém sem muita efetividade na prática. O termo pode ser bloqueado, mas outros termos surgirão, uma questão de linguagem informal.

Lembro do caso Fran, onde a punição foi tão branda que se limitou a prestação de serviços comunitários ... e o cara era comerciante ... nem uma multa expressiva nossas leis conseguem aplicar. continuar lendo

Esse caso da Fran foi muito triste, e a punição é branda pq infelizmente casos de direito a imagem, sobretudo quando são mulheres que sofrem com esse tipo de violência, não recebem a devida importância. Não conseguem mensurar o dano psicológico que esse tipo de atitude provoca na vítima. Lamentável. As leis precisam se adequar a modernidade com esses novos crimes, que apresentam consequências tão sérias quanto as violências já existentes. continuar lendo

Uma vez na rede, game-over, ainda mais com esse WhatsApp, alguns aplicativo pode ter ser bom por algum momento mas quando começar a fazer coisas má, a propagação é imensa, ainda mais com essas mentalidades desses jovens de hoje, o resultado só o caus. Tenho saudades quando recebia ou mandava torpedos, tudo que é muito fácil perde aquela sensação ohhhh! Que legal! continuar lendo

É bastante compreensível que o Google se preocupe em repelir este tipo de material, mas, a meu ver, está bem claro para todos que os esforços do buscador serão praticamente inúteis, haja vista que a remoção de conteúdo da internet é literalmente impossível. Este tipo de tarefa não pode ser totalmente automatizada, e o que é automatizado é falho. O que algumas pessoas não entendem é que não há um método para realizar a varredura de todas as páginas indexadas em tempo real, e mesmo que houvesse a ferramenta não seria capaz de identificar caso o conteúdo mudasse de nome ou host. Lembre-se também que o google não é o único buscador. Ainda que o google fosse impecável em sua proposta, outros buscadores continuariam a exibir o conteúdo. O meu medo é que a retirada de conteúdo online se torne um costume a ponto de prejudicar a liberdade de expressão e a informação em si, ou pior, que isto se torne uma regra, seria extremamente prejudicial caso o buscador fosse responsabilizado por um conteúdo que não conseguiu retirar. continuar lendo

O Google é apenas um meio de busca. Que só removerá a imagem na hipótese de solicitação. O que torna tudo enormemente difícil - o nome da pessoa raramente estará vinculado ao termo. Além do mais existem diversas linhas de propagação que não possuem - literalmente - controle nenhum, e acesso freqüente e ininterrupto. Há uma certa inevitabilidade em tal propagação.

A maneira mais segura ainda é não oferecer margem nenhuma para esse tipo de incidente. Computadores podem ser invadidos, nuvens podem ser acessadas, e arquivos podem parar em mãos erradas. Deve-se ter bastante cuidado quando se lida com isso. continuar lendo