As eleições e as matrizes ideológicas voltadas à captação de votos, se utilizando de ofertas de direitos

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As eleições de 2016 trazem para o cenário de Rio Grande, no extremo sul do País, todas as bandeiras de partidos defensores da distribuição de renda e oferta de educação para todos. Mas, como veremos a seguir há alguma coisa errada neste sistema eleitoral.

Diante do exposto, firmamo-nos os olhos na CFB (Constituição Federal Brasileira) de 1988, que gravava em suas páginas os direitos fundamentais em caráter de supremacia para atender a dignidade humana e, ao longo do tempo, mostrou-se incapaz de assegurar os direitos nela previstos. E, lembrando que os partidos políticos, que se mobilizaram naquele clima de democratização são os mesmos que ainda insistem em dizer que somos todos iguais perante a bandeira do Brasil. No entanto, esses argumentos, na época tinham e ainda têm cunho político; o motivo foi e ainda o é, lograr êxito em vencer as disputadas corridas eleitorais.

E, é aqui na terra da antiga capital gaúcha, que ainda são usadas as manhas da política para prometer o alcance aos direitos, para tal, submetem a vontade popular à máquina pública e, com isso, almejam obter as vantagens capitais. Seus planos começaram ao anunciar a vinda de investimentos federais para as construções de plataformas da Petrobras. Contudo a principal meta era atrair mais eleitores para o município sob a forja de crescimento naval. Pirraça

Portanto, os partidos políticos passaram a ter em suas alças das miras as vantagens financeiras ao atender aos interesses privados de alguns patrocinadores e iam e vão além, queriam e querem produzir o reflexo nas urnas e receber os votos dos incautos eleitores. Por que incautos? Porque mesmo com tanto dinheiro circulando, os bolsos dos contribuintes estão mais vazios. Mas, o número de eleitores deu um salto.

Pois bem! Pasmem! Vamos aos números para mostrar que nestes quase 30 anos da nova Constituição, a nossa população de Rio Grande ainda é ingênua e vive afastada de todos os direitos fundamentais. Não vou me estender à situação caótica da Santa Casa de Rio Grande, e vou deixar de falar na incúria com a segurança para falar do principal instrumento social para balizar todas as conquistas. Sim! Quero tratar da educação. E mostrar quem são os eleitores riograndinos.

Apenas 4,98% do total de eleitores riograndinos têm curso superior. E o mais preocupante é que 5,80% são eleitores que apenas sabem escrever o próprio nome e ler algumas palavras, e 2,65% são analfabetos. Ainda 35,44% não possuem o ensino fundamental completo e 10,44% têm apenas o ensino fundamental completo. E mais ainda, se pegarmos o total de eleitores que possuem o ensino médio incompleto 21,51%, fica aquela pergunta; afinal quem irá ter instrução o suficiente para criar um pensamento crítico e lógico sobre os candidatos para votar de forma consciente nestas eleições? E no seu município, como estão os índices relativos à educação?

Bom! Neste emaranhado de números encontra-se a fragilidade do Estado Democrático de Direito, que aponta que somos todos iguais. Enquanto vivemos em um espaço que não nos proporciona as possibilidades necessárias para possuirmos o mínimo de capacidade de compreensão sobre as leis, os deveres sociais, os direitos oferecidos e as nomeações de nossos representantes por votos diretos.

E também temos que questionar, como um cidadão sem instrução básica terá entendimento da complexidade eleitoral? Ainda, se estivéssemos interessados, de fato, na democracia iríamos supor, que para isso teríamos que preparar o eleitor intelectualmente para expor a capacidade financeira deste Estado Democrático de Direito. Com as matrizes questionativas voltadas às ofertas de direitos, e aí chegaríamos à pergunta, qual o preço que teríamos que pagar em tributos para que os entes federados pudessem cumprir suas metas de oferta? Pois bem! Quando vamos enfrentar a realidade brasileira? E, sobre os dados assustadores da educação em Rio Grande o site abaixo, do TSE (Tribunal superior Eleitoral) mostra a realidade.

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