'O Marcelo Odebrecht gastou 400 milhões e não teve habeas corpus' diz Lula.
Em seu último comício antes de se entregar à Lava Jato, Lula questionou a situação do velho companheiro Vaccari, preso há três anos, e citou empreiteiro que o delatou
Em seu último comício antes de se entregar à Lava Jato, neste sábado, 7, o ex-presidente Lula ressaltou falta de um habeas corpus para Marcelo Odebrecht. Inconformado com o que chamou de sua possível ‘prisão preventiva’, o ex-presidente evocou a situação do empreiteiro e do seu companheiro de partido, João Vaccari Neto. “Eles (a Lava Jato) tentaram me prender por obstrução de justiça. Não deu certo. Eles agora querem me pegar numa prisão preventiva.
O petista disse que ‘se fosse bandido, ficaria calado’ no lugar de se pronunciar e pedir ‘as provas’. Ele, no entanto, questionou a situação de Vaccari, preso preventivamente desde abril de 2015 na Lava Jato, e citou seu delator, Marcelo Odebrecht, que foi capturado em junho de 2015 e em dezembro de 2017 passou para regime de prisão domiciliar.
Odebrecht pagou multa de R$ 73,3 milhões e cumpre pena em regime domiciliar, conforme seu acordo de delação premiada com a Justiça.
Odebrecht é um dos 77 delatores da empreiteira que confessaram supostos repasses ilícitos a 415 políticos e 215 partidos.
Em depoimentos, o empresário disse ter pago propinas ao ex-presidente na forma de contratos com seu sobrinho em Angola, no sítio em Atibaia, no imóvel onde supostamente seria sediado o Instituto Lula e até mesmo no imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente em São Bernardo do Campo. Também entregou documentos, e-mails e registros de pagamentos supostamente em benefício do petista.
“O Vaccari está preso há dois anos. O Marcelo Odebrecht gastou 400 milhões e não teve habeas corpus!”, afirmou Lula no comício.
Fonte: Estadão.
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3 Comentários
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Se ele não fosse bandido não teria medo dos e-mails e sistema de propinas da Odebrecht a que tenta anular desesperadamente. continuar lendo
Assim como Moro nega à defesa em apresentar no processo testemunhas ou provas que lhe acham conveniente. Veja o caso das sucessivas negativas na oitiva do Tacla Duran e na perícia do sistema da Odebrecht. Devemos defender o combate à corrupção, porém, não deve ser atropelando direitos fundamentais do réu. continuar lendo
André Leon,
A questão é que a defesa do Lula queria apresentar 87 testemunhas em caráter meramente protelatório. Se não tem ligação com o caso estará lá apenas para dizer "não sei". Além do mais há limite previsto na lei.
Já sobre o sistema da Odebrecht a defesa de Lula queria anular a perícia sobre ele. Se a perícia já é para dirimir dúvidas sobre o sistema, por que deveria ser negada? continuar lendo