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30 de Abril de 2024

Satisfação com o trabalho é menor em escritórios abertos.

Publicado por Vinicius Oliveira
há 6 anos

Mudar a organização física das empresas é uma estratégia comum na busca por mais colaboração entre funcionários, produtividade no trabalho ou economia para a companhia. Dentre as opções, o escritório com plano aberto — onde os funcionários se organizam em um espaço só, sem salas individuais — é hoje um dos formatos mais populares.


Um novo estudo de professores escandinavos, entretanto, se soma à literatura que aponta os efeitos negativos desse tipo de organização física nas empresas. Segundo a pesquisa, funcionários de escritórios com plano aberto registram menos satisfação no trabalho. Os resultados se tornam mais negativos na medida em que mais pessoas dividem o mesmo espaço.

O estudo foi realizado por professores da Universidade de Aarhus, da Dinamarca, e da Universidade de Karlstad, da Suécia, e publicado recentemente no jornal acadêmico “Scandinavian Journal of Work, Environment & Health”. Realizado na Suécia, contou com a participação de 270 corretores de imóveis.

Os profissionais que trabalhavam em salas, individuais ou na companhia de até dois colegas, reportaram mais satisfação com o trabalho do que aqueles com mesas em escritórios abertos. Entre estes, aqueles em escritórios menores, com até nove colegas, reportaram mais satisfação do que os que trabalhavam em ambientes de médio porte, em um grupo de 10 a 20 pessoas. O estudo também mediu a facilidade de interação com colegas e o bem-estar dos funcionários — e os escritórios abertos reportaram resultados piores também nesses pontos.

Os pesquisadores apontam que, embora o modelo da pesquisa tenha identificado uma correlação — e não uma relação causal —, os resultados são consistentes com pesquisas anteriores que também apontam queda na satisfação e no engajamento dentro de escritórios abertos.

Para Tobias Otterbring, um dos autores e professor da Universidade de Aarhus, os dados servem como alerta para as empresas considerarem os efeitos de longo prazo na hora de promover mudança nos espaços de trabalho. “Ao invés de focar apenas o custo-benefício e a flexibilidade do formato, os tomadores de decisão precisam considerar o eventual impacto do tipo de escritório na satisfação e no bem-estar dos funcionários”, diz.

Enquanto os escritórios abertos dominam, no entanto, a solução pode ser apelar para a tecnologia, com aplicativos e sites que se propõem a ajudar profissionais a manter a concentração no trabalho e evitar distrações externas.

Fonte: Valor Econômico, por Letícia Arcoverde, 06.02.2018

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Escritórios abertos dão aflição só de olhar. A imagem de uma baia, entre dezenas de outras, numa sala enorme, é um verdadeiro paradigma de fracasso profissional do indivíduo. E não à toa, esse cenário é usado nos filmes como sinônimo de uma vida infeliz. Se as empresas investissem em divisórias até o teto, formando salas individuais naquele mesmo espaço, poderiam dispensar metade do contingente. A outra metade iria facilmente oferecer produtividade superior ao modelo anterior. continuar lendo