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19 de Maio de 2024

Conheça 14 novas teses do STJ sobre julgamentos com perspectiva de gênero

Publicado por BLOG Anna Cavalcante
há 2 meses

Resumo do artigo

Neste artigo você encontrará um resumo imperdível das 14 novas teses divulgadas pelo STJ, todas relacionadas a julgamentos com uma visão sensível de gênero. Essas teses oferecem insights valiosos sobre questões cruciais, desde a proteção da vítima de violência doméstica até a interpretação do feminicídio no contexto da lei. Leia agora!

Amigos,

Hoje vamos conhecer as 14 novas teses divulgadas pelo STJ na ferramenta “Jurisprudência em Teses”.

O tema desta edição são os “julgamentos com perspectiva de gênero”.

Muita atenção ao conteúdo, pois o conhecimento da jurisprudência dos nossos Tribunais Superiores é cada vez mais cobrado nas provas da OAB e concursos públicos.

✍️🗒️Pegue papel e caneta para anotar as novas teses do Superior Tribunal de Justiça:

  1. A vítima de violência doméstica deve ser ouvida para que se verifique a necessidade de prorrogação/concessão das medidas protetivas, ainda que extinta a punibilidade do autor.
  2. A medida protetiva de urgência, que busca resguardar interesse individual da vítima de violência doméstica e familiar contra a mulher, tem natureza indisponível e poderá ser requerida pelo Ministério Público.
  3. No contexto de violência doméstica contra a mulher, a decisão que homologa o arquivamento do inquérito deve observar a devida diligência na investigação e os aspectos básicos do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero do Conselho Nacional de Justiça, em especial quanto à valoração da palavra da vítima.
  4. No contexto de violência doméstica, é possível a dispensa do exame de corpo de delito em crime de lesão corporal na hipótese de subsistirem outras provas idôneas da materialidade do crime.
  5. A aplicação da agravante prevista no art. 61, II, f, do Código Penal em condenação pelo delito de lesão corporal no contexto de violência doméstica (art. 129, § 9º, do CP), por si só, não configura bis in idem.
  6. A qualificadora do feminicídio, art. 121, § 2º-A, II, do Código Penal, deve incidir nos casos em que o delito é praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar por possuir natureza de ordem objetiva, o que dispensa a análise do animus do agente.
  7. É inviável o afastamento da qualificadora do feminicídio pelo Tribunal do Júri mediante análise de aspectos subjetivos da motivação do crime, dada a natureza objetiva da qualificadora, ligada à condição de sexo feminino.
  8. Não há bis in idem pela incidência da agravante do art. 61, II, e, do Código Penal - que tutela o dever de cuidado nas relações familiares -, e a qualificadora do feminicídio.
  9. A manifestação da ofendida sobre a revogação de medidas protetivas de urgência é irrelevante para a manutenção da prisão preventiva do acusado, pois a custódia cautelar, fundada na gravidade concreta da conduta, não está está na esfera de disponibilidade da vítima de violência doméstica.
  10. No contexto de violência doméstica contra a mulher, é possível a exasperação da pena-base quando a intensidade da violência perpetrada contra a vítima extrapolar a normalidade característica do tipo penal.
  11. O ciúme é fundamento apto a exasperar a pena-base, pois é de especial reprovabilidade em situações de violência de gênero, por reforçar as estruturas de dominação masculina.
  12. A vedação constante do art. 17 da Lei n. 11.340/2006 ( Lei Maria da Penha) obsta a imposição, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de pena de multa isoladamente, ainda que prevista de forma autônoma no preceito secundário do tipo penal imputado (Tese julgada sob o rito do art. 1.036 do CPC/2015 - TEMA n. 1189).
  13. O afastamento da prisão domiciliar para mulher gestante ou mãe de filho menor de 12 anos exige fundamentação idônea e casuística, independentemente de comprovação de indispensabilidade da sua presença para prestar cuidados ao filho.
  14. É obrigatória a cobertura, pela operadora do plano de saúde, de cirurgias de transgenitalização e de plástica mamária com implantação de próteses em mulher transexual, pois se trata de procedimentos prescritos por médico assistente, reconhecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e listados no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Para fazer o download gratuito do caderno e conhecer os julgados envolvidos na definição das teses, acesse o link ➡️ https://abre.ai/jbcJ ou 📲escaneie o QR CODE abaixo:

Não perca tempo! Este material exclusivo te coloca em posição de destaque na sua jornada de estudos para a OAB e concursos públicos.

Compartilhe com seus colegas de estudo e mostre que você está comprometido com a excelência!

Até a próxima,

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Referências:

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudência em teses - Edição 231: Julgamentos com perspectiva de Gênero IV. Divulgada em 1º de março de 2024. Disponível em < https://www.stj.jus.br/docs_internet/jurisprudencia/jurisprudenciaemteses/Jurisprudencia%20em%20Tese... >

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