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18 de Maio de 2024

Pensão alimentícia passa a ter novas regras devido a (LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015)

Regras mais salgadas para os devedores

Publicado por Romeu Lopes
há 8 anos

Pensão alimentícia passa a ter novas regras a partir desta sexta (18); entenda

A partir do dia 18 de março de 2016 devido a (LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015), as regras do Novo Código de Processo Civil começam a valer. Um dos pontos que mais terá modificações é o relacionado à pensão alimentícia. No novo CPC, quem não pagar a pensão alimentícia poderá ser preso em regime fechado, terá o nome colocado no sistema de proteção ao crédito (Serasa e SPC) e terá o valor devido debitado diretamente no salário. Leia o que consta nos artigos 528, 529, 530, 531, 532 e 533 do NCPC, que tratam deste assunto.

CAPÍTULO IV – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Prestar Alimentos

Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.

§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517.

§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento.

§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.

§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns.

§ 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas.

§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.

§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.

§ 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou decisão desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso em que não será admissível a prisão do executado, e, recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo à impugnação não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação.

§ 9º Além das opções previstas no art. 516, parágrafo único, o exequente pode promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao pagamento de prestação alimentícia no juízo de seu domicílio.

Art. 529. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação alimentícia.

§ 1º Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao empregador, determinando, sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado, a contar do protocolo do ofício.

§ 2º O ofício conterá o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do exequente e do executado, a importância a ser descontada mensalmente, o tempo de sua duração e a conta na qual deve ser feito o depósito.

§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito objeto de execução pode ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado, de forma parcelada, nos termos do caput deste artigo, contanto que, somado à parcela devida, não ultrapasse cinquenta por cento de seus ganhos líquidos.

Art. 530. Não cumprida a obrigação, observar-se-á o disposto nos arts. 831 e seguintes.

Art. 531. O disposto neste Capítulo aplica-se aos alimentos definitivos ou provisórios.

§ 1º A execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos fixados em sentença ainda não transitada em julgado, se processa em autos apartados.

§ 2º O cumprimento definitivo da obrigação de prestar alimentos será processado nos mesmos autos em que tenha sido proferida a sentença.

Art. 532. Verificada a conduta procrastinatória do executado, o juiz deverá, se for o caso, dar ciência ao Ministério Público dos indícios da prática do crime de abandono material.

Art. 533. Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, caberá ao executado, a requerimento do exequente, constituir capital cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da pensão.

§ 1º O capital a que se refere o caput, representado por imóveis ou por direitos reais sobre imóveis suscetíveis de alienação, títulos da dívida pública ou aplicações financeiras em banco oficial, será inalienável e impenhorável enquanto durar a obrigação do executado, além de constituir-se em patrimônio de afetação.

§ 2º O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do exequente em folha de pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade econômica ou, a requerimento do executado, por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz.

§ 3º Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação.

§ 4º A prestação alimentícia poderá ser fixada tomando por base o salário-mínimo.

§ 5º Finda a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas.

Fonte: NCPC

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Isto é bom na teoria. Ocorre que na prática o mandado de intimação é o ponto fraco. O dever-ser dá trabalho para ser. Precisamos de políticas que façam os prazos se tornarem próprios. As empresas privadas só tem prazos próprios. Por que o judiciário não tem capacidade para cumprir seus prazos? O promotor, juiz ou oficial de justiça aposentado cumpre todos os prazos quando advoga. continuar lendo

Pois é o meu ex disse que o juiz vai estipular valores encima da carteira de trabalho sendo que ele no holerite e na conta salário dele cai muito mais que 1000 cai 1600 1800 até 2000 já vi ele ganhar na conta salário dele isso pode isso é verídico? continuar lendo

O planejamento familiar é primordial, senão vejamos senão a situação, como pode terminar, O próximo passo é exigir o cumprimento, afinal, trata-se de uma verdadeira negligência o descaso com a paternidade. A união familiar é uma decisão muito mais profunda. continuar lendo

O meu ex da 200 reais e 170 de um cartão de alimentação da empresa onde ele trabalha e ele ganha um valor na carteira mais no holerite o valor ultrapassa o declarado neste caso o juiz pede extrato da conta salário dele ou iria sentenciar valores conforme oque está na carteira? continuar lendo