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Carrefour formaliza acordo de R$ 115 milhões em caso "João Alberto"
O acordo firmado com entidades públicas e não governamentais servirá para a reparação dos danos morais comunitários e será destinado para ações de enfrentamento ao racismo
João Alberto Freitas, um homem negro de 40 anos, foi espancado e asfixiado até a morte por seguranças, contratados pela empresa terceirizada Vector, no estacionamento de um supermercado Carrefour, localizado na zona norte da capital gaúcha (Porto Alegre/RS), em 19 de novembro de 2020, isto é, às vésperas do Dia da Consciência Negra. O crime ocasionou muita revolta e gerou protestos da população por todo o país.
Nesse contexto, recentemente, em 11 de junho de 2021, o Carrefour formalizou um acordo, que faz parte de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com entidades públicas e organizações não governamentais - Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP/RS), o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS), Defensoria Pública da União (DPU) e as ONG's Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes) e Centro Santo Dias de Direitos Humanos - em razão do qual o supermercado aceitou pagar o valor total de R$ 115 milhões, objetivando a reparação dos danos morais comunitários, bem como a destinação dos valores em ações de enfrentamento e combate ao racismo.
O valor do acordo, basicamente, deverá ser destinado a iniciativas como a oferta de bolsas de educação formal (R$ 74 milhões), contribuição para projeto museológico, campanhas educativas e projetos sociais de combate ao racismo (R$16 milhões), além de projetos de inclusão social (R$ 10 milhões), dentre outras ações.
O Carrefour informou, em nota oficial, que através deste acordo busca reafirmar seu compromisso irrevogável de lutar contra o racismo e de atuar como um agente de transformação da sociedade. Vejamos um trecho da nota em destaque:
"Passados poucos mais de seis meses do ocorrido, além da celebração do acordo, o grupo já indenizou todos os membros da família da vítima, reformulou o modelo de segurança nas lojas e vem colocando em prática os demais compromissos assumidos publicamente desde novembro, para combater o racismo e promover a equidade (...)"
Além disso, no âmbito criminal, cumpre informar que seis indivíduos tornaram-se réus e foram denunciados pela prática de homicídio triplamente qualificado, tendo como agravantes o motivo torpe (ligado a preconceito racial), o uso de meio cruel (asfixia) e a impossibilidade de defesa pela vítima, nos termos do artigo 121, § 2º, I, III e IV, do Código Penal, in verbis:
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
§ 2º Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos."
Os acusados/denunciados pelo crime são: os seguranças Giovane Gaspar da Silva, Paulo Francisco da Silva e Magno Braz Borges, a fiscal Adriana Alves Dutra, e os funcionários Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende.
Por fim, é importante esclarecer que o acordo milionário ora firmado pelo Carrefour não tem relação e tampouco produz qualquer efeito no tocante aos acordos indenizatórios anteriormente realizados com nove familiares de João Alberto, dentre eles, o pai, a viúva, os filhos e a enteada.
Fonte: https://www.facebook.com/yagodiasdeoliveiraadvocacia/photos/a.722790727924005/1704132256456509/
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16 Comentários
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Eu tenho certeza que o negão foi morto porque era folgado e não porque era negro.. se fosse um branco ia morrer também, porque folgado sempre acaba achando alguém que tem coragem de parar os bandidos. Mas aproveitaram para levantar o bláblá blá do racismo que não tem nada a ver com a cor de alguem, e matamos todos os tipos de gente, mas tudo bem, eu quero saber quem vai usar este dinheiro roubado do Carrefour, pois que os comunistas já estão de olho nos nachos suculentos para suas orgias. continuar lendo
Perdão, mas eu não diria o q o senhor disse. Ilações tão constrangedoras devem ser guardadas para si. O cidadão foi morto a pancadas, senhor. A socos e pontapés! Certamente em virtude de um preconceito imoral, o senhor ainda pública: "Eu tenho certeza que o negão foi morto porque era folgado... porque um folgado sempre acha alguém que tem coragem de parar os bandidos...".
Meu Deus...! E o senhor ainda tem a pretensão de ser, no futuro, um Operador do Direito? continuar lendo
"Eu tenho certeza que"...que o Sr. perdeu uma ocasião de ficar calado.
Que sua ignorância não tem reparo.
Que o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP/RS), o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS), Defensoria Pública da União (DPU), etc. NÃO SÃO todos "bandidos de ideologias vagabundas", para usar suas palavras.
Que os mesmos orgãos não são "comunistas" e que - apesar da sua inveja - o Sr. nunca será convidado para orgia alguma, vista sua atitude de marginal. continuar lendo
Sabe o que é curioso? Um monte de entidades vão receber muito dinheiro, mas a família mesmo, no máximo uma coxinha e suco... continuar lendo
Está querendo ser interessar de direito, e fica comentando um artigo sem ler?
O final do artigo, LEIA!
"Por fim, é importante esclarecer que o acordo milionário ora firmado pelo Carrefour não tem relação e tampouco produz qualquer efeito no tocante aos acordos indenizatórios anteriormente realizados com nove familiares de João Alberto, dentre eles, o pai, a viúva, os filhos e a enteada."
Estamos fritos neste país de ignorantes :( continuar lendo
@simposis
O meu ponto é justamente esse, um monte de entidades recebem uma grana enorme cuja origem é a morte de uma pessoa e a família não vai receber um valor nem de longe parecido (vou dar uma procurada, mas não vai chegar a 2 milhões). Desculpe, mas entidades receber um valor muito maior que as vítimas, para mim não faz o menor sentido. Para ser Franco, ganhar dinheiro sem estar envolvido não faz o menor sentido. Por mais bem intencionada que seja, receber sem estar envolvido não me parece ser justo. continuar lendo
Bem isso mesmo, quem sofre o dano no brasil recebe muito menos ou nem recebe nada. Vide o procon, que aplica multas gigantescas que vao para um fundo de aperfeicoamento de alguma coisa importante, ou seja, vai para o ralo. Aqueles diretamente prejudicado se ferra. A justiça deste pais e' uma industria mediocre. continuar lendo
Gostaria de saber qual o valor que foi aos familiares da vítima. continuar lendo
A família recebeu um pão com Êpa! e um picolino. O acordo foi feito com "entidades não governamentais" para que parassem de torrar a paciência e fazer propaganda negativa (assassinato de reputação). continuar lendo
Mas que absurdo essa terceirização de punição !
Se foi a porra da empresa de segurança que matou o cara, que pague ELA, não a Carrefour
Há provas de que o motivo do assassinato foi racial !? continuar lendo
O cara de fato foi morto por incompetência (sim, os seguranças foram agredidos, mas acredito que há técnicas de imobilização, inclusive eles deveriam ter armas de fogo para a coação ser mais eficiente, mas...), mas daí levar para o racismo é um passo gigantesco.
Para fazer segurança, só empresa autorizada para tal, se não for o escopo de atuação, sem chances, então sempre será terceiro e aí a empresa contratante responde por algo que não faz e não pode gerenciar por uma OBRIGAÇÃO legal. Ou seja, não há segurança pública, não pode contratar diretamente e ainda responde pela administração das outras empresas. continuar lendo
Solidariedade aos empresários que colocam o dinheiro no cofre público e aínda tem que bancar bandidos de ideologias vagabundas continuar lendo